Não foi por falta de luta. O Coritiba bem que tentou, equilibrou as ações no primeiro tempo, igualou o placar, mas não teve forças para segurar a superioridade técnica do São Paulo no decorrer da partida. Principalmente após ficar com um jogador a menos, fruto da expulsão de Henrique (em jogada inoportuna e desnecessária, no campo de ataque), que prejudicou demais a equipe, sepultando ali qualquer possível chance de reação.
Mesmo porque, dali em diante todas as grandes oportunidades passaram a ser do São Paulo, que fez o diferencial no talento individual de algumas de suas estrelas, especialmente Paulo Henrique Ganso, com assistência perfeita nos dois gols e um domínio no controle de bola do meio de campo.
As coisas estão ficando cada vez mais difíceis para o Coritiba, que só tem fôlego e ainda mantém esperanças de salvação por estarem também alguns dos adversários diretos se enroscando a cada rodada.
Mas uma hora esse marasmo precisa acabar ou o fim de ano será novamente de tristeza no Alto da Glória.
Recuperação
Quem assistia aquele horroroso primeiro tempo só poderia imaginar o pior para o Atlético no Maracanã. Jogadores tensos, bola queimando nos pés, a ponto de ser impossível acertar um passe de cinco metros que fosse. O Fluminense atacava, a zaga atleticana rebatia e a bola do rebote caía novamente no controle dos tricolores, que atacavam de novo e de novo.
E assim foi, praticamente durante toda a primeira etapa da partida, salvo um ou outro contra-ataque isolado dos rubro-negros (uma defesa difícil de Cavalieri em bola desviada). O goleiro do Fluminense trabalhou muito pouco, ao contrário de Weverton, que era o grande destaque em campo. Fez pelo menos quatro defesas incríveis, daquelas dignas de compêndio.
E aí, por conta exclusivamente dele, o gol carioca não saiu, os atleticanos foram para o intervalo aliviados e retornaram com sangue novo para o segundo tempo. Tudo por causa de uma alteração bem feita pelo técnico Cristóvão Borges. Bruno Mota não vinha jogando nada, comprometia o meio de campo e não garantia a posse de bola. Hernani – que vinha mal de outros jogos – entrou e consertou o setor, fortalecendo a marcação e permitindo maior mobilidade na frente.
Seguro com a garantia de posse de bola, Marcos Guilherme se soltou, perdeu um gol feito, mas deu outro de bandeja para Walter garantir a vitória do Atlético depois de nove jogos em jejum. Abalado, o Fluminense sentiu e não reagiu, permitindo aos rubro-negros a tranquilidade para chegarem ao fim do jogo em segurança.
Três pontos importantes, afastando alguns fantasmas que já vinham rondando o clube e permitindo concentração para a partida decisiva de depois de amanhã, contra o Esportivo Luqueño, no Paraguai, pela vaga na semifinal da Sul-Americana.