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Foi emocionante. Nada de heroico, pois é apenas futebol. Mas o Coritiba de ontem fez arrepiar todas as emoções de quem acompanhou a vitória sobre o Atlético Mineiro. Não contra os reservas do campeão da Copa do Brasil, como se imaginaria. Mas pegando os titulares, que fizeram questão de estar em campo para completar a festa da conquista perante seus torcedores.

O Coritiba não permitiu. Jogou como nunca, garantindo a permanência na primeira divisão com uma rodada de folga, para permitir que o jogo de domingo que vem, contra o Bahia, possa ser totalmente festivo, todo de Alex, em sua despedida do futebol. A entrada de Bonfim deu estabilidade à zaga – o que Welinton jamais conseguiu em outros jogos – e a partir dali houve condição de segurar as pontas, partindo para os contra-ataques que definiram o placar favorável e quase inimaginável fora de casa. Um alívio: o fim de mais um ano de sofrimento em atuação memorável.

Mas, no fundo do fundo, o que o torcedor coxa gostaria seria poder chegar nessas rodadas finais do campeonato brasileiro sem ter de se preocupar em fazer contas. A não ser que fossem as contas para o que de melhor pudesse vir lá de cima, na disputa direta pelo título ou por um lugar entre os privilegiados participantes da Copa Libertadores da América.

A campanha irregular durante toda a competição não permitiu que fosse traçado um perfil do rendimento da equipe na competição, ainda que tivesse agregado uma sobrevida durante o decorrer das rodadas, especialmente após a contratação do técnico Marquinhos Santos. Por mais que possa responder por uma instabilidade tática, alternando formações de jogo a jogo, o treinador conseguiu recuperar o equilíbrio jamais encontrado nas primeiras rodadas, na herança pesada advinda da gestão Celso Roth. O Coritiba de hoje não tem uma cara, não há quem possa cantar sua escalação sem receio de errar, mas pelo menos o time conseguiu se fechar em uma proposta, que, a partir da desabalada queda rumo às últimas posições, parecia impossível de ser encontrada.

No lucro

Enquanto isso, Paraná e Atlético curtiam a vantagem dos poucos – e suficientes – pontos de vantagem antes do fecho da temporada. Os tricolores terminaram o ano em alta, goleando na rodada final , ainda que com o gosto amargo de uma campanha mal resolvida. Salários até quatro meses atrasados, mas pelo menos a chance de respirar tranquilo, sem maiores ameaças. E na Vila, apesar da goleada no jogo de despedida, a torcida vaiou, em resposta a tudo o que sofreu de pressão e humilhação na temporada. Sem tanto trauma, mas não sem a ponta de frustração, o Atlético cumpre tabela para fechar o ano.

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