O Atlético foi nesta quarta-feira à noite o mesmo dos jogos mais recentes. Confuso e pouco inspirado. Até faz pensar terem sido alguns espasmos de técnica aquelas exibições interessantes no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Porque já faz um bom tempo que o time anda devendo. E dessa vez pelo menos veio a vitória.

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Que é placar apertado, pois o Brasília, que não disputa qualquer uma das divisões do futebol brasileiro, criou pelo menos duas boas oportunidades de gol e certamente exigirá bem mais na partida de volta, semana que vem, no Distrito Federal. A essa altura, pesa muito não ter sofrido gol em casa, pois o empate lá garante a classificação e um gol marcado que seja já exigirá muito mais dos anfitriões.

Não era nem para se pensar assim no confronto entre um time de primeira divisão e outro sem campeonato. Mas o Atlético dos últimos tempos tem exibido esse perfil, gerando toda essa incerteza.

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Em busca da imunidade

O material publicado na terça-feira (22) pela Gazeta do Povo é bem interessante. À medida que o campeonato se aproxima de suas rodadas decisivas, cresce o debate sobre os números e o posicionamento dos clubes. E aí entram em debate os estatísticos, os matemáticos e os gurus, cada qual apontando suas saídas e suas probabilidades.

O assunto aqui para nós é, obviamente, o Coritiba. A vitória no Atletiba permitiu uma dose extra de fôlego para projetar o melhor possível no que ainda resta de jogos a cumprir. Mas o foco precisa ser mantido, com o mesmo empenho e a mesma seriedade demonstrados nas partidas mais recentes, na guinada do segundo turno.

É cristalino ser o Coritiba de hoje melhor – mas muito melhor – do que aquele que patinou e escorregou muito no início do Campeonato Brasileiro. A começar pela finalização, que praticamente inexistia e o que mais se ouvia eram lamentações por exibições até razoáveis, sem oportunidades reais de conclusão.

E tudo foi resolvido a partir da contratação de um único jogador: Henrique Almeida. Para se ver como são as curvas do futebol. Estava em baixa, perambulou um monte por aí sem qualquer sucesso, depois de um bom início no São Paulo e de ser destaque na seleção brasileira sub-20. Chegou, aproveitou a oportunidade e hoje é a principal referência no ataque coxa. E agora com uma ótima companhia, quando Kléber consegue superar as lesões e jogar.

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Pelas contas, portanto, o Coritiba do primeiro turno teria sido rebaixado. O do segundo estaria brigando por posição lá em cima, por vaga na Libertadores. E é a boa média disso tudo com que conta a torcia alviverde para poder chegar ao fim do ano sem maiores turbulências. Dizem os entendidos ser de apenas 17% a chance de queda, alívio para quem já esteve acima dos 90%. Um ponto que seja, domingo que vem, contra o Cruzeiro, em Minas, aumentará a dose de imunidade.

Números

Passeando melhor pelo site Infobola dá para perceber alguns números bem interessantes, na projeção do que ainda pode vir. O matemático Tristão Garcia sempre explica que não basta estudar apenas os números frios e sim toda a composição que cerca um clube. Ou seja: dois times na mesma classificação não têm necessariamente o mesmo futuro. Tudo tem a ver com os adversários que irão enfrentar, com os mandos e outros itens que compõem o todo do estudo.

O Atlético, por exemplo, está hoje com 4% de chance de disputar a Libertadores e 1% de ser rebaixado. Já o Paraná Clube, na Série B, tem hoje 1% de chance de acesso e 5% de risco de cair de divisão.

Números, números, tudo bem. Mas o percentual de acerto tem sido sempre muito grande. Com algumas exceções, aquelas nas quais um time desembesta a vencer e vencer e quebrar tudo o que a estatística diz a seu respeito.

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