Que a defesa do Coxa está consistente, não se contesta. Não toma gol há quatro jogos e tranquiliza o torcedor. A questão que pega é dali em diante. Basta encarar uma equipe um pouco mais forte – como o Londrina do último jogo – para que as deficiências de armação se tornem flagrantes. Há domínio de bola, troca de passes até pouco além do meio de campo, mas faltam jogadas mais agudas, que permitam a aproximação dos atacantes em condições de arremate.
E não vai ser com três volantes que o treinador coxa vai conseguir sucesso ofensivo. O sistema funciona como proteção para a defesa, mas, mesmo permitindo a saída de um dos volantes mais à frente, falta em campo alguém que pense e descubra espaços.
Nada de comparação com Alex, ele já se foi. E é sem ele que o Coritiba tem de se virar para se estruturar como time. Não é fácil encontrar um meia armador no futebol brasileiro de hoje. A sucessão automática talvez estivesse no jovem Dudu, também canhoto e também de bom chute de fora da área. Não quiseram, “foi ganhar experiência no Criciúma” – foi o que disseram, enquanto Ronaldo, da mesma idade, veio ganhar experiência para voltar melhor ao Flamengo (coisas desse nosso futebol).
Nesta quinta-feira tem jogo contra o Rio Branco, no Alto da Glória. Os parnanguaras não vêm em boa fase, sem vencer há quatro partidas. O favoritismo do Coritiba é natural, mesmo sem articulação, travado no meio de campo.
Sem vitórias
E o Foz estragou a festa de Lúcio Flávio. O capitão completava 300 jogos pelo Paraná e tudo o que desejava era uma vitória, para completar a quarta consecutiva e embalar.
Mas o Foz só fez confirmar a função de carrasco dos grandes e, depois de vencer Coritiba e Atlético, somou a terceira vitória. E justa, pois soube pôr em prática um sistema tático que impedia os donos da casa de jogar.
Derrota também do Atlético, que continua no descaminho. A fragilidade ficou escancarada diante do Operário. A rigor, os rubro-negros criaram só uma situação de gol. Porque a bola continua não chegando na frente.
Sábado tem confronto direto com o Maringá. E, conforme for, o Furacão pode até vencer e não sair da zona da morte do Paranaense. Bem diferente do que se poderia imaginar.