O encanto do Atletiba está mesmo acima do bem e do mal. Tudo o que se diz sobre o clássico, que marca sempre pelo equilíbrio de forças, foi consolidado ontem, no confronto da Baixada. Em campo, não estavam o terceiro e o antepenúltimo colocados do Campeonato Brasileiro. Estavam, sim, Atlético e Coritiba, rivais quase centenários, que fazem desse clássico sempre um campeonato à parte de qualquer competição que esteja sendo disputada.

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Foi um ótimo jogo, cá e lá, com quatro gols e muita vibração por parte das duas torcidas, em altíssimo astral (e que, ao término do jogo, aplaudiram suas equipes). Começou com o Coritiba menor, transformando em gol sua superioridade, mas logo depois o Atlético empatou e equilibrou as ações. Dali em diante a partida foi muito igual, mas com poucos momentos mais agudos. Até que o Coxa marcou de novo e levou o empate em seguida, com o marcador fechado no justo empate por 2 a 2.

O resultado, a rigor, não foi bom para nenhum dos dois. O Atlético, afinal, jogava em casa e teria na conta dos pontos a agregar esses três do clássico. Teria recuperado a liderança do campeonato, com o enrosco do São Paulo. Ainda mais, levando-se em conta que tem adversário complicado pela frente – a Ponte Preta, em Campinas.

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Para o Coritiba, os dois pontos que faltaram não aliviariam a ponto de livrar o time da zona de rebaixamento. Mas pelo menos já seriam mais no ativo, na busca de retomada dos melhores dias, enquanto a tabela, com muitos jogos pela frente, ainda permite. Agora pela frente o Cruzeiro, em casa, porém com quatro desfalques por suspensão (Norberto, João Paulo, Ruy e Wellington Paulista), embora já possa contar com as peças de reposição contratadas nos últimos dias.

Um jogo de gols esquisitos, os dois primeiros muito parecidos. Marcos Aurélio errou no domínio de bola, preparou o pé esquerdo, a bola tocou no direito e serviu Wellington Paulista para marcar. No do Atlético, Ytalo armou para chutar, errou o cálculo e tocou sem querer para Walter marcar. Pensando bem, o único gol realmente trabalhado foi o de Ruy, em ótima assistência de Marcos Aurélio, pois o de Edigar Junio contou com a falha de domínio de João Paulo na área e com a esperteza do atleticano a acreditar na jogada e finalizar.

Bom jogo, bom clássico, bom público e quatro gols. Tudo o que o torcedor merece.

Por baixo

Chego ainda a tempo de assistir à partida entre Brasil e Venezuela. Aliás, que baixo o nível técnico dessa Copa América. Do grupo brasileiro, então, quase nada se aproveitou. A ponto de a seleção brasileira poder se classificar em primeiro lugar até mesmo com o empate com a Venezuela. Vencer ou empatar daria no mesmo, pela mediocridade dos adversários.