Mata-mata é outra conversa. A folgada vantagem de pontos construída pelo Paraná na primeira fase do Estadual não teve peso no clássico contra o Atlético, na Baixada. Até mesmo por falha do regulamento, que deveria, sim, dar alguma vantagem que não o direito de segundo mando nos confrontos dessa fase. Mas como o regulamento foi aceito e assinado por todos, não cabe discussão.
No jogo, bem que o Paraná tentou assumir as ações no primeiro tempo, ainda que sem sucesso. O primeiro tempo foi muito amarrado, sem lances capitais e terminaria morno não fosse uma falha geral da zaga tricolor a permitir o gol atleticano. O escanteio batido da esquerda por Matheus Rossetto cruzou toda a pequena área por baixo. Eduardo da Silva, lá do outro lado, na trave oposta, não sofreu qualquer assédio a impedir o arremate a ser comemorado em gol.
No segundo tempo, o Atlético se resguardou, arriscou alguns contra-ataques e o Paraná perdeu o ritmo com a expulsão de Robson. O primeiro cartão amarelo dele pode até ser questionável, mas jamais um atleta consciente pode se dar ao direito de puxar a camisa do adversário já levando um amarelo nas costas. Puxão na camisa requer cartão amarelo. No acúmulo de dois, vermelho e o prejuízo para todo o time.
Como dali em diante o jogo se arrastou sem mais lances agudos, saiu o Atlético com vantagem no placar, reprisando a situação do ano passado, quando partiu da desvantagem na pontuação geral para a conquista da vaga à final. Mas é impossível cravar qualquer prognóstico de classificação, pois a vantagem é muito tênue e pode, muito bem, ser revertida.
Matheus Rossetto foi o destaque da partida, jogando muito (por ele e, ontem, por Lucho González) e assegurando vaga de titular no Atlético para o compromisso do meio de semana (dia 12), contra o Flamengo, pela Libertadores. No Paraná, Robson decepcionou, pelo tanto que se esperava dele – o máximo que conseguiu foi ser expulso.
Coxa classificado
O Coritiba deu um baile em Cascavel e já está na semifinal. Ou alguém acha possível a reversão dos 5 a 0 imposto no campo do adversário? Com tempo para respirar, o técnico Pachequinho vai limando seus pontos de não conformidade e o time vai se moldando para os momentos mais difíceis do campeonato.
Cianorte e J.Malucelli também pregaram peças nos mandantes. E com abertura de dois, o que permite admitir até derrotas em casa por um gol de diferença – para Prudentópolis e Londrina, respectivamente – para passarem à penúltima fase da competição.
Para o Malucelli ainda resta saber que sentença virá da Justiça desportiva – por força de uma interpretação dúbia do regulamento do campeonato.
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