Pelo menos não foi dos piores o ano de 2016 para o futebol paranaense. Pelo contrário, foi até interessante na combinação com temporadas anteriores.
Ninguém foi rebaixado, o que já é grande negócio.
Mas o balanço final ainda está longe de se aproximar do que se poderia considerar ideal, com as decisões ocorrendo na parte de cima e não mais nos pés dos quadros de classificação.
E aí, nesse quesito, somente Atlético e Londrina se safaram.
O Atlético foi longe, para quem projetava, de início, apenas participar sem susto do Campeonato Brasileiro. Começou muito bem, desmontou parte da estrutura do time durante a competição e teve competência (por meio de seu treinador) de encontrar no próprio clube recursos de substituição para a mão de obra perdida.
E o arranjo da Confederação Sul-Americana de Futebol, oferecendo duas vagas a mais ao Brasil na Copa Libertadores da América, permitiu aos rubro-negros a chegada pela quinta vez à competição internacional.
Entra, é verdade, numa fase preliminar, eliminatória. Tanto quanto Botafogo. Mas faz parte do jogo e a exposição internacional já começa por aí (e o retorno financeiro também), no confronto direto com agremiações de outros países da América do Sul.
Poderia ter ido mais longe, sim, se tivesse, do meio de campo em diante, a mesma eficiência demonstrada pela defesa com Paulo André e Thiago Heleno, a melhor do campeonato – junto com a do Palmeiras.
O Londrina também cumpriu sua proposta. Com sobras.
Novato, entrou na Segunda Divisão apenas para marcar território e permanecer por ali até se solidificar e tomou tal gosto que disputou diretamente lugar entre os clubes que ascenderam, saindo da briga apenas duas rodadas antes do fim. Pecou nas partidas decisivas, especialmente no Café.
Coritiba e Paraná Clube ficaram devendo.
Fizeram as contas olhando apenas para baixo, para tentar evitar males maiores vindos da zona de rebaixamento, um em cada divisão. E saíram praticamente juntos do sufoco.
E nos dois casos, com maior ênfase aos tricolores, mais por incompetência dos concorrentes do que somente pelos méritos próprios.
Mas, no fim das contas, conseguiram se salvar e agora tentam se recompor, na esperança de não mais passarem pelas mesmas tormentas enfrentadas durante o ano.
E, para não esquecer, o J. Malucelli também passou perto. Melhorou o rendimento lá na Série D e ficou a apenas um jogo de subir de série.
Quem sabe no ano que vem?
Em janeiro
Esta coluna dá uma paradinha agora, para uma retomada de ar nas próximas semanas. Mas estará novamente aqui, firme, a partir do dia 9 de janeiro de 2017.
Feliz Natal e ótimo Ano Novo!
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