Primeiro turno encerrado, hora de avaliar promessas. Que promessas? Aquelas lá do começo do campeonato, quando havia o conforto de poder contar com 38 rodadas pela frente, à espera do melhor possível. É só revirar nas publicações da época, disponíveis on-line. Neste ano não vai ser igual aquele que passou – como diria o refrão da música brasileira.

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Vamos, então, por ordem alfabética (o torcedor sempre encontra um jeito de reclamar dos critérios de escolha). O Atlético pregava a estabilidade do time, depois de escorregar em algumas partidas do Estadual e ver o Coritiba detonar uma sequência de 24 vitórias consecutivas no início da temporada. O técnico Adilson Batista choramingava nas entrevistas, reclamando da qualidade técnica do material humano que tinha à disposição. Mas também – como todo treinador – tinha suas preferências e não aproveitava todos os jogadores do grupo.

O objetivo, pelo que se sentia, era firmar uma base de time que conseguisse frequentar o bloco intermediário da classificação. Vieram as derrotas em série, Batista caiu, Renato Portaluppi chegou e o time só não foi mais longe por absoluta falta de recursos técnicos. Fecha o turno na tristeza da zona do rebaixamento. Para o segundo turno tem de fazer "campanha de Libertadores" para não correr o risco de cair pela primeira vez desde a implantação dos pontos corridos no Brasileiro (mas ultimamente tem namorado com insistência tal situação).

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Zona da Libertadores, nada menos que isso. Era a projeção do Coritiba, a grande sensação do futebol brasileiro na largada da competição nacional. A opinião geral – na qual me incluo – era fechada na questão: vai brigar lá em cima. Mas aí veio o abalo da perda do título da Copa do Brasil (favorito reconhecido) e o descaminho em algumas rodadas suficientes para atrapalhar o processo de recuperação da equipe. Com o empate no Atletiba estagnou na posição e hoje está a oito pontos de aspirar uma vaga na Copa Libertadores da América, o mínimo que se imaginava daquele time que tão bonito se exibiu por aí na coleção de vitórias consecutivas.

A rigor, no lucro está apenas o Paraná. E antes que a torcida me entenda mal e reclame, que reveja também os pensamentos e conceitos lá de trás, do encerramento do campeonato paranaense, na qualidade de clube rebaixado. Tam­­bém um rebaixamento nacional era o mínimo que o machucado paranista preconizava. Mas aí veio uma boa surpresa, campanha interessante, presença permanente no G-4 até esse desvario das últimas rodadas, queimando gorduras acumuladas no início da competição.

A derrota em Bragança, sábado, expurgou o Paraná da zona de acesso à Primeira Divisão. Mas, ainda assim, está por ali, acima de todas as expectativas, sonhando com a possibilidade de melhores dias pela frente.