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São objetivos comuns, embora com alvos diferentes. Todos os clubes querem o melhor neste segundo turno, mesmo que o melhor de um nada tenha a ver com o do outro. Alguns até se aproximam, mas, pensando bem, cada um sabe mesmo é de si.

Os erros do primeiro turno não podem mais ser repetidos. Se até pouco ainda havia possibilidade de recuperação (por mais penosa que fosse), agora o tempo aperta e o que ficar para trás não terá mais como ser resgatado.

E o campeão em erros foi o Para­­ná Clube, não de graça o último co­­locado no fechamento do turno (livrou-se da posição ontem, vencendo o Corinthians-PR e com a derrota do Cascavel). Tantos pontos ficaram pelo caminho que a campanha do segundo turno terá de ser muito próxima a de um aspirante do título. Sete vitórias, no mínimo, foi a conta do técnico Ricardo Pinto, que estreou bem e motivou o grupo, passando um otimismo que não se via na Vila Capanema desde o ano passado.

Sete vitórias somam 21 pontos e permitem o desencosto do incômodo peso do rebaixamento, que ameaça o time desde as primeiras rodadas deste campeonato estadual. Só que se a coisa embalar, mais uma vitória e alguma sobra podem provocar a matemática para a disputa do título do segundo turno, o que representaria uma incrível ressurreição, pouco vista ou acreditada na história do futebol paranaense. O triunfo de ontem, terceiro consecutivo, dá asas à imaginação.

A aposta do Atlético é na conquista do turno, para forçar a decisão com o Coritiba. E esse cacife vem na forma de nítida pressão sobre a comissão técnica e os jogadores, conforme foi possível sentir na vitória de sábado, em Paranavaí, contra o Arapongas. O time joga tenso, a bola dá choque e o técnico Geninho esbraveja em palavrões (como mostrou a transmissão que fizemos pela RPCTV) para tentar consertar. A velha e gasta expressão do futebol do "venceu, mas não convenceu" se encaixa perfeitamente no caso. Resta saber até quando, pois um campeão não se faz à força.

O Coritiba, de seu lado, poderia até se dar ao luxo de relaxar um pouco e priorizar a Copa do Brasil. Mas aí surgiria um risco muito sério. Dois, melhor dizendo. O primeiro, de permitir que alguém se habilite para decidir o campeonato. O outro, talvez até consequente, de poder perder o embalo, o fo­­co e o ritmo de uma campanha impecável neste início de temporada. A tranquila vitória de ontem, sobre o Operário, mostrou que o poder de fogo se mantém calibrado até mesmo para superar sustos como o surpreendente empate imposto pelo adversário por al­­guns instantes.

Contando com isso, com a disputa pelo título do interior e pela fuga do rebaixamento, o segundo turno tem todas as ferramentas para ser bem melhor do que o primeiro, com emoções garantidas em quase todos os jogos. Bom para o torcedor.

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