Um domingo de contrastes. Enquanto o Atlético se afunda numa esperança sem fim e que aos poucos vai deixando um rastro de desilusão na classificação do campeonato brasileiro, o Coritiba soma pontos e consegue acelerar na reta de chegada à zona de classificação para a Copa Libertadores da América.

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O Atlético não pode se queixar, pois os concorrentes diretos tudo fazem para postergar o golpe final do rebaixamento. E fica sempre aquela conversa do "ah se hoje tivesse vindo a vitória", na hipotética soma de pontos que permitiria fugir desse pesadelo que é a queda para a segunda divisão. Já no sábado, os adversários feneceram. Ontem, mais ainda. Ou seja, na hora de fazer a parte que lhe cabe, o esquadrão rubro-negro não consegue desempenhar.

O sofrimento cresce porque o fim se aproxima ainda com esperanças de salvação, mais por conta da incapacidade dos oponentes do que por méritos próprios da equipe – que não sabe o que é ganhar há muito tempo. Quem sabe uma vitória na próxima? E outra fora de casa? O esporte tem essas coisas de alimentar ilusões até que se tornem verdadeiras ou desmoronem de uma vez.

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De seu lado, o Coritiba vai levando os pontos ao natural. Talvez tenha acordado um pouco tarde e hoje sinta falta de uns três ou seis pontos que poderia ter somado em partidas fora de casa. Já seriam suficientes para uma disputa direta por vaga na mais importante das competições continentais, no embalo projetado pela torcida (sempre otimista) no início da temporada.

Mas a exibição de ontem, contra o Flamengo, mostrou ser possível sonhar mais alto. Primeiro pela vitória em si. Ainda que, sem menosprezo algum, os cariocas não tenham nada de favorável no retrospecto recente de confronto contra os clubes paranaenses. É chegar aqui e perder. Dessa vez, no Alto da Glória, não foi nada diferente. O Coritiba construiu o placar e dele tomou conta até o apito final do árbitro, diminuindo a diferença para quatro pontos justamente para o rival em questão, o quinto colocado na lista da Libertadores.

Vai que dá certo uma boa exibição no meio da semana contra o Atlético Mineiro, lá fora, e o projeto de ação para a temporada do ano que vem poderá ser traçado sob outra ótica, com a possibilidade de preenchimento de calendário internacional no primeiro semestre. Será um teste muito interessante, pois a possibilidade de pontos conquistados pode se tornar combustível para agregar aqueles certos mandos de campo. A partida pode ser o atalho para voos mais altos – bonificação para uma campanha de quem mal voltou a sentir o prazer de disputar a primeira divisão nacional.

E assim, nesse contraste de ideais, vamos levando nossos clubes na primeira divisão nacional. Um querendo mais o primeiro patamar, o outro, apenas sobreviver.

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