Teria de ser assim, nos pênaltis. Tão equilibrado foi o confronto entre Atlético e Paraná Clube que não haveria outra forma de encontrar o caminho para a final que não esse, da bola parada após o tempo regulamentar.
No primeiro jogo o Atlético foi melhor, sobrou, poderia até ter construído um placar mais folgado se não fosse a forma exuberante do jovem goleiro Marcos (um moleque de quase 40 anos). Na partida de ontem, dois tempos distintos, com domínio paranista na primeira fase e atleticano na segunda. Mas, no comparativo de arremates certeiros, o Atlético teve pelo menos um a mais, pois o único realmente incisivo dos tricolores entrou, enquanto Marcos voltou a brilhar, com duas defesas incríveis, em arremates de André Lima, uma em cada tempo.
O Paraná Clube teve em Válber o grande destaque, na condução de bola e na preparação de jogadas para o ataque. Mas encontrava dispersivos seus companheiros de frente, Lúcio Flávio e Róbson. No Atlético, Léo teve jornada de se esquecer e se a queixa contra Eduardo (suspenso do jogo de ontem) é quanto a defender, Léo não fez nem isso nem atacou. E o Atlético mostrou-se vulnerável por ali exigindo atenção dos demais companheiros para a cobertura.
De tão pegada foi a partida que Otávio, que não é de fazer muita falta, foi expulso justamente pela repetição de dois perigosos carrinhos. Foi no segundo tempo e dali em diante os donos da casa tentaram tirar proveito da vantagem de um jogador a mais, forçando o adversário a ficar preso em seu próprio campo. Não deu certo, pois foram poucas as chances de finalização.
E a semifinal teve de ser definida pelos tiros diretos, situação em que ninguém é de ninguém. O Atlético foi mais eficiente no conjunto da obra (como se poderia dizer) e está habilitado para enfrentar o Coritiba na disputa pelo título.
O Coxa passeou contra o PSTC, tocando a partida em ritmo de treino para confirmar a vaga na decisão e o direito de decidir em casa o título da temporada. O embate final começa no próximo fim de semana, sem qualquer perspectiva de favoritismo. Afinal de contas, já disse aquele jogador folclórico que “clássico é clássico e vice-versa”. E quanto é Atletiba, o preceito é potencializado ao extremo.
Passou, passou...
Perdemos Edgard Felipe, o último dos românticos dentre os narradores de rádio aqui do Paraná. Lembrei-me da chegada dele, trazido pelo Capitão Hidalgo, para somar às transmissões da Rádio Cidade, em 1986. Narrava da bola, fiel ao lance, sem firulas nem bordões moderninhos, que infestam o rádio dos dias de hoje.
O câncer foi mais forte, ele não resistiu. Era o cara que eu ouvia, na genial criação do “passou, passou, passou...” ao narrar o gol, quando percebeu que sua garganta, já comprometida há tempos, não poderia segurar o grito de gol direto, mais agudo.
Marcou seu lugar, entrou para a história. Mas bem que poderia ter esperado mais um pouquinho.
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