Foi um prêmio para o Paraná Clube. Mais ainda para o técnico Wagner Lopes (que é a cara do Rubinho Barrichello, principalmente quando põe o boné), que está montando a equipe de acordo com o material humano que possui e faz um ótimo trabalho de início de temporada.

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Que o Bahia era superior, todos sabiam. Bastaria confrontar o orçamento do departamento de futebol de cada clube para traçar a comparação. Mas os paranistas, bem instruídos, tiveram humildade para aceitar uma teórica (no futebol qualquer prognóstico é sempre teórico) ascendência técnica do adversário para administrar a partida à sua maneira, aproveitando a boa e jogando no erro do oponente. Anularam o ataque deles (o goleiro Léo não fez nenhuma grande defesa) e aguardaram o momento de surpreender.

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Funcionou, pois os baianos abriram a guarda no segundo tempo e ofereceram espaço para a vitória paranaense, que passa à primeira fase de ida e volta da Copa do Brasil, enfrentando o ASA, que dias atrás eliminou o Coritiba em pleno Alto da Glória.

Bela vitória. Importante passo para uma equipe ainda em formação e que aos poucos vai encorpando para prenunciar chegar ainda mais longe.

O impossível não existe

Palavra que fiquei impressionado. Emocionado. Na semana passada eu estava entre aqueles que duvidavam da possibilidade de reversão de situação pelo Barcelona na Champions League. Depois de levar de 4 a 0 teria de repetir o mesmo placar para, pelo menos, levar a decisão para a prorrogação.

Só que o adversário não seria um qualquer e sim o Paris Saint Germain, que não chegara por acaso ao primeiro resultado. E nesses meus anos todos de estrada – já chegam perto dos 50 como profissional – aprendi que fazer 4 a 0 ao natural é bem diferente de ter a necessidade de fazer 4 a 0.

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Mas o Barcelona chegou lá. Fez um gol logo de pronto e já nos primeiros minutos do segundo tempo conseguiu o terceiro. Faltava apenas um para chegar à prorrogação quando o PSG marcou. Ducha fria, obrigando os catalães a fazerem mais três, a fecharem o placar com seis marcados.

Aos 43/2.º ainda estava 3 a 1 quando Neymar fez um de falta. Dois minutos depois marcou outro, de pênalti. E quando já se esperava pelo fim, Neymar limpou, lançou para a área e Sergio Roberto completou. Era a bem-vinda classificação, 6 a 1 e, aí sim, não havia tempo para mais nada.

O futebol, tão desgastado por aí, só se revigora em momentos como esse. O PSG recuou demais e pagou por isso (como, mal comparando, o Atlético, na véspera, contra a Católica).

O Barcelona sempre acreditou na reversão. E chegou lá, pela décima vez consecutiva nas quartas-de-final do torneio europeu.

Foi uma lição de futebol.

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