O Paraná Clube poupou seus titulares, voltado para a partida da quarta-feira, contra o São Bento, em Sorocaba. O Coritiba ainda está naquela de o técnico Paulo César Carpegiani fazer laboratório com os jogadores que tem à disposição, enquanto aguarda pelo dia em que poderá contar com todos aqueles nos quais aposta para fazer sucesso.
E isso fez com que o clássico de domingo à noite não tivesse muita graça, enrolado e enroscado, por conta de duas equipes que demonstraram claramente a necessidade de ajustes para a sequência da temporada.
O que fez a diferença foi o craque. Com assistência de outro jogador diferenciado. Kléber escorou cruzamento de Neto Berola e decidiu a partida.
E, no fim das contas, ficou a inevitável pergunta. Por que uma partida dessa importância às 20h, se o campeonato estadual não tem transmissão do pay-per-view? Pré-carnaval? O que tem uma coisa a ver com outra?
Vagas em jogo
O foco do Atlético é a Libertadores. Cumprir tabela no campeonato estadual é função da piazada, que tenta apresentar suas credenciais para ganhar espaço entre os favoritos do técnico Paulo Autuori.
Na partida de sábado, contra o PSTC, ficou claro isso. Tanto que o adversário, que não vem de boa fase, virou o placar e só foi contido com a conversão de um pênaltis o fim do jogo. Mas apresentou bons jogadores, que precisam, é claro, de lapidação para atingirem o mesmo nível daqueles que se apresentam entre os titulares.
A equipe principal segue para a Colômbia com pensamento positivo. Ao contrário de algumas arapucas que existem na América do Sul, o Estádio El Campín (oficialmente Nemesio Camacho, casa do Millonarios e do Independiente Santa Fé), o principal de Bogotá, é seguro e tem o gramado a uma boa distância da arquibancada, circundado por uma pista de atletismo. Já tive a oportunidade de transmitir jogo de seleção brasileira por lá e essa separação entre público e time dá quase um tom de neutralidade à partida.
Para se classificar na quarta-feira o Atlético precisa contar com uma boa dose de tranquilidade e outra de ousadia. Tranquilidade para conter o ímpeto dos colombianos, embora o Millonarios – que já foi bem maior – não esteja hoje na elite do futebol local. E ousadia para tentar surpreender o adversário nos primeiros minutos, propondo um gol que complicaria de vez a situação dos mandantes, aí, por consequência, forçados a fazer três para passar à próxima fase do torneio sul-americano.
Paraná Clube e Coritiba, enquanto isso, saem do clássico de ontem já focados na primeira rodada da Copa do Brasil, também na quarta. O torneio agora se decide em uma partida só nesta fase, só que os paranaenses contam com a vantagem do empate. O melhor foco para isso tudo é comparar com o modelo anterior. Seria como já tivessem vencido o primeiro compromisso, em casa, jogando agora pelo simples empate para passar adiante.
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