Fazia tempo que o Atlético não se apresentava tão bem quanto na partida de ontem – de gala, como se costuma dizer. Certo que houve algumas boas exibições neste mesmo Campeonato Brasileiro, mas sem resultado positivo.
Desta vez, tudo certo. Contra um adversário que disputa diretamente colocação na ponta da classificação e que sempre tem um bom retrospecto contra os rubro-negros, o time se mostrou impecável, tanto na defesa quanto, principalmente, do meio de campo em diante. A defesa não permitiu ao Grêmio nem um chute perigoso sequer. Foram apenas algumas finalizações, inconsequentes e que nada exigiram do goleiro Weverton, praticamente um espectador.
Do meio em diante, uma troca constante de posição entre algumas de suas peças confundiu a marcação gaúcha, resultando em pelo menos oito chances claras de gol, transformando o goleiro gremista no principal jogador de sua equipe.
Nikão recuperou o bom ritmo de jogo depois dos dias afastado para recuperação física e foi condutor de algumas das principais jogadas de frente. Pablo e Vinícius também brilharam no meio, enquanto Otávio e Hernani tomavam conta da cobertura em possíveis jogadas de contra-ataque, que jamais se concretizaram.
Mas o grande destaque atleticano foi André Lima, que criou a jogada do primeiro gol – de Hernani – e fez o segundo, num bonito arremate de fora da área, uma bomba que não permitiu qualquer chance de defesa a Marcelo Grohe.
Vitória justa e importante, em partida que contou, também, com a decisiva participação da torcida, jogando junto com o time, como há muito não acontecia. E sem batuque nem nada, apenas com o coração e os pulmões.
O Atlético se aproxima dos primeiros e parte sólido para o Atletiba da próxima quarta-feira.
Ponto fora
Não fosse pela má colocação – entre os rebaixáveis – no campeonato e o resultado de ontem poderia até ter sido comemorado pelo Coritiba. Afinal de contas, traz um ponto ganho longe de casa, o primeiro nesta competição.
Não refrescou muita coisa na classificação, mas pelo menos apresentou melhoras no rendimento da equipe. A começar pela defesa, que foi muito bem no todo e contou com apoio do goleiro em dois lances mais agudos do Figueirense.
Mas a melhor chance foi do Coritiba, que esteve sempre melhor no segundo tempo – depois de um primeiro entediante de ambas as partes – provocou defesas do goleiro contrário e ainda perdeu um gol certo, na bola que Leandro acertou na trave.
Deixou boa impressão, o que deve animar o grupo para o clássico que se aproxima.