A que ponto chegamos. O Atlético sofreu e teve de arriscar a cobrança de pênaltis contra um adversário que sequer tem vaga garantida na quarta divisão nacional. E ao torcedor rubro-negro, atônito, só restou gritar “vergonha, vergonha”, preocupado com o que ainda vem pela frente nesse calendário nacional que mal foi iniciado.
Enquete: os torcedores do Atlético têm razão em cobrar fortemente os jogadores?
E aí ficou flagrante que o time do ano passado, que teve alguns vislumbres de bom rendimento, é mesmo aquele que se arrasta no Campeonato Paranaense, empurrado até o Torneio da Morte, no qual não consegue se firmar nem mesmo nas apertadas vitórias contra oponentes de baixíssimo rendimento técnico.
E a partida de ontem teve um agravante a preocupar ainda mais o rendimento atleticano: o Clube do Remo (de tanta tradição no Pará, mas que também passa por momentos terríveis) veio com uma formação mista, quase reserva, poupando jogadores para o campeonato estadual, ainda à caça de uma vaga na Série D, que garantiria pelo menos sequência de atuações na temporada.
Não dá para dizer que o Atlético esteve irreconhecível, pois este, sim, tem sido o time das apresentações mais recentes. Desde o desmanche de 2013, nunca mais entrou nos eixos e aí não há treinador que resista. Tanto que Enderson Moreira já começa a enfrentar a mesma resistência que minou o trabalho de Claudinei Oliveira e de seus antecessores.
A diretoria parece ter acordado com um bom tempo de atraso. Resta saber se essa correria de contratações, agora anunciadas praticamente por atacado, vão conseguir resolver um problema crônico que já vinha se manifestando havia um bom tempo, agravado pela falta de providências dos cartolas.
O Atlético passou nos pênaltis à segunda fase da Copa do Brasil. Mas a desconfiança é tão grande que ninguém comemorou.
O extra campo
Não há como evitar. O lado passional do torcedor sempre fala mais alto. Mas essa decisão entre Coritiba e Londrina bem que poderia ter todo o assunto direcionado para o que os times fizeram e podem fazer dentro de campo. É o confronto entre dois clubes fortes no estado e com um nível de rivalidade que já permite utilizar a palavra “clássico” como referência. E a arbitragem foi tema no início da semana.
Mas, paixões e interpretações à parte, o que importa mesmo é o que as duas equipes irão fazer dentro de campo, na partida decisiva de domingo, no Alto da Glória lotado.
Resta torcer para que tudo se decida na bola rolando, sem motivos para queixas ou reivindicações que marquem a história da partida por detalhes que não sejam apenas os esportivos. O que marca a memória do futebol são os belos gols, as defesas incríveis, os dribles, as performances dos jogadores e os confrontos entre um atacante hábil e um marcador incansável.
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