Pois ainda não foi nesse fim de semana. Mais uma rodada das duas principais divisões do futebol brasileiro, mais uma coleção de fracassos. E assim, a cada nova virada da tabela, há o reforço da conclusão de estar o futebol paranaense muito abaixo do que se poderia esperar e muito atrás dos demais estados – pelo menos daqueles considerados principais no futebol.
O único ponto, em nove disputados, veio do Paraná Clube, no empate sem gols da sexta-feira. Jogo difícil de assistir, truncado, sem técnica, mas pelo menos o ponto ganho fora de casa pode ser computado como positivo na soma da classificação. Ainda mais em se tratando do Criciúma como adversário, sempre perigoso em seus domínios.
No sábado, uma decepção a cada jogo. No Alto da Glória o Coritiba até chegou a criar alguma chance no início da partida, mas, aos poucos, foi se deixando subjugar pelo melhor status técnico do Atlético Mineiro. Que, além de um ótimo jogo coletivo, está entre os times com melhor aproveitamento de ataque, com boa pontaria de seus dianteiros. Como foi possível sentir a cada um dos três gols mineiros. Menos mal que os resultados dos concorrentes direto também não foram dos melhores e pelo menos não houve o retorno para a zona de rebaixamento.
No Morumbi, a quinta derrota consecutiva do Atlético. Que, como já ocorreu muitas vezes, não jogou mal. A equipe tem bom domínio de bola, troca passes, mas não consegue chegar à grande área contrária. Pelo menos em condições de finalizar. É dependente de Walter, que nem sempre joga bem. Como dessa vez, entrando no segundo tempo e ainda sentindo a falta de ritmo de jogo. O São Paulo chutou mais (chegou a ter um gol injustamente anulado) e construiu o placar de vitória por ter demonstrado mais eficiência em todos os quesitos de uma partida.
Agora a diretoria anuncia a contratação de Cristóvão Borges como novo técnico. Ex-jogador campeão pelo clube (estadual de 85), ainda é novo ramo, mas tem bom currículo de iniciante. Mas se todos os profissionais, de qualquer ramo, precisam passar por uma prova de fogo, o Atlético será a cruz na carreira de Borges. O grupo é fraco e tem mais é de se preocupar em fechar os sete ou oito pontos que faltam para a garantia de primeira divisão para o ano que vem.
Os outros
Fiquei ligado à tarde no jogo do Operário, pela quarta divisão. Derrota pelo mesmo placar (1 a 0 ) do jogo de ida para a Campinense e decisão para os pênaltis. Nos pênaltis a equipe de Itamar Schüle se garantiu. Agora só falta uma etapa para ascensão do campeão paranaense à Série C. Agora encara o São Caetano.
E a gente aqui torcendo para que tudo dê certo. Assim como para o Londrina, que ontem à noite enfrentou o Confiança, para subir da terceira para a segunda divisão nacional. Só que aí já seria tarde demais para fechar essa coluna. Mas fiquei com os dedos cruzados.