Não deveria ser tudo no mesmo horário? Pelo menos é assim no Campeonato Brasileiro, quando há interesses comuns entre os participantes da rodada, com o resultado de uma partida podendo interferir no andamento de outra.

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Na competição nacional as duas últimas rodadas têm suas partidas marcadas para o mesmo horário. E se não começam é por causa de recursos daqueles bem manjados no futebol, como a coincidência nas cores das camisas, para proporcionar um atraso que permita saber com que placar o jogo deve terminar para atender aos anseios de classificação (ou o que valha).

Por essas e outras a Federação Paranaense de Futebol poderia ter tomado mais cuidado na marcação dessa próxima rodada, a penúltima do primeiro turno. Na qual poderemos ter, inclusive, o campeão da etapa, desde que o Coritiba vença e os concorrentes diretos fiquem pelo caminho.

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Mas ficou o jogo entre J. Malucelli e Londrina para o sábado, envolvendo dois concorrentes (ainda que já não mais tão fortes) ao título deste turno. Conforme o resultado que ocorrer, tanto o Coritiba quanto o Paraná, no domingo, já saberão o que poderão ou deverão fazer para atingirem seus objetivos. O Coxa, com certeza; os tricolores, dependendo do que ocorrer na véspera, pois o empate seria o resultado ideal para manter acesa a chama de esperança.

Recomendaria o bom senso que estas três partidas fossem realizadas domingo, no mesmo horário. Mas seria querer demais exigir bom senso em um campeonato de tanta instabilidade como esse nosso, quando pouco se faz fora de campo para compensar o que de ruim acontece dentro dele. Com algumas poucas exceções, a impressão que se tem, da federação aos clubes, é que os dirigentes estão mesmo pouco se importando com o que é preciso cumprir.

Alguns escancaradamente, como o Atlético, que virou as costas para o campeonato, enquanto a torcida implora para a equipe titular voltar a jogar, tentando impedir um tetracampeonato do maior rival. Outros veladamente, como alguns clubes do interior, dominados por empresários forasteiros, que pouco oferecem e tudo sugam daquilo que a agremiação pode lhes oferecer.

Há quem leve a sério. O Coritiba quer ser tetra, o Paraná voltou aos tempos de melhor juízo, o Londrina finalmente está se reerguendo e o Malucelli parece ter finalmente encontrado seu norte. E não estão, de graça, disputando a possibilidade de conquista de turno nos próximos dias.

E exatamente quando esses quatro ponteiros querem levar a coisa como deve ser, a federação desmembra a rodada e abre essa brecha que deveria ter sido evitada. Durma-se, pois, com um barulho desses.

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