O Atlético começa hoje a construir o futuro.

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Dia de eleição, dia de tensão, de nervos à flor da pele, de troca de insultos e acusações entre duas correntes antagônicas que, nos últimos dias, só têm feito levar ao público uma onda de baixo astral como há muito não se via em um clube de futebol. E aí é que está a essência da coisa: trata-se apenas de um clube de futebol.

Bem que poderia ser diferente, com troca de ideias, debates sobre posições contrárias, defesas de teses e conceitos na tentativa de encontrar o melhor caminho para o clube, que de repente deixou de ser grande para se atravessar em picuinhas e causas que deveriam passar ao largo do que representa a instituição.

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O que se viu, leu e ouviu na campanha foi altamente descartável. As propostas ficaram es­­condidas lá num canto, completamente ignoradas pelas partes, mais interessadas em apregoar o que o oponente teria feito de errado ou não te­­ria condições de realizar no co­­mando do clube.

Seja como for, o que se torce é para que esse ambiente pesado, que só é prejudicial à instituição, tenha prazo para terminar. Hoje à noite, após encerrado o pleito e conhecido o resultado. Com qualquer vencedor, o Atlético precisa, sim, é de paz e tranquilidade para reconstruir uma trajetória que marcou por momentos de reconhecido sucesso na década, mas que o passado recente tratou de camuflar.

Alívio geral

Deu para sentir nos jogadores do Santos o descarrego vivido ao término da partida de ontem, na vitória sobre o Kashiwa Reysol. Quase todos os entrevistados citaram o exemplo do Interna­­cional, há dois anos, quando deixou escapar a chance de decidir o título mundial. Deve ter sido o assunto principal da preleção anterior à partida.

É que derrotar os japoneses era obrigação do Santos, que assumiu toda a carga de responsabilidade e, mesmo jogando sempre melhor, só relaxou de vez quando os adversários desanimaram ao sofrerem o terceiro gol brasileiro.

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E agora, de camarote, aguarda o Barcelona confirmar hoje presença na final de domingo (ou alguém seria capaz de imaginar qualquer outro resultado que não uma folgada vitória dos catalães?) para o jogo decisivo. E aí, então, bem mais leve que ontem, sem o peso do favoritismo, que é todo dos espanhóis – e nem poderia mesmo ser diferente.

Uma preocupação no ar desde a apresentação de ontem. O lado defensivo esquerdo, com Durval, está completamente exposto aos avanços contrários. Lento, o zagueiro improvisado sofreu ontem com a velocidade dos japoneses e pode ser uma perigosa rota de escape para ex­­ploração dos hábeis jogadores do Barcelona.

Pelo menos o pior já passou. O que vier domingo é lucro.