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É sempre uma situação complicada, mas que se repete a cada ano. Comemora-se a classificação do time para todos os torneios paralelos possíveis e aí, quando chega o momento de estrear numa nova competição, chovem reclamações contra o calendário.

Caso do Atlético hoje (e do Londrina ontem, jogando com time reserva no Pará), dividido entre a estreia na Copa do Brasil e as atenções para o clássico Atletiba do próximo domingo. Largar bem na Copa do Brasil significa preparar o caminho para um bom calendário nacional dali em diante, técnica e financeiramente. Seja liquidando a classificação já no confronto de hoje, contra o Brasil, em Pelotas, seja estabelecendo vantagem para o confronto de volta, daqui a duas semanas.

Desde que decidiu o título contra o Flamengo, em 2013, o Atlético não teve bom desempenho no democrático torneio nacional. Em 2014, no reencontro da torcida com o seu estádio depois da disputa da Copa do Mundo, vitória sobre o América-RN, mas insuficiente para a classificação. No ano passado, pior ainda. Também com vitória por saldo escasso, a desclassificação veio contra o mineiro Tupi, vindo lá da quarta divisão.

Paulo Autuori, o novo técnico rubro-negro, já antecipou seu protesto pelo aperto do calendário. Joga hoje no Sul e domingo o time já tem a pedreira do clássico estadual, que, em qualquer circunstância, é sempre o jogo mais importante a se jogar. Uma vitória hoje ou pelo menos um resultado convincente pode amenizar o clima, levando em alta para a disputa domingueira contra o Coritiba. Mas, se alguma coisa der errada em Pelotas e de lá não vier a mínima vantagem que seja, as críticas antecipadas já foram registradas.

Fosse qualquer outra partida que não o Atletiba e a estratégia seria outra. Provavelmente priorizando o embate de hoje e poupando alguns titulares (como já ocorreu contra o PSTC) no confronto estadual. Mas com o clássico não se brinca e é sabido que o torcedor (de qualquer lado) vibra mais com vitória sobre o rival do que com uma conquista efetiva. Ou seja: pode até não ser campeão, desde que vença e faça festa contra o principal antagonista.

O Brasil não faz boa campanha no campeonato gaúcho, de momento está fora da zona de classificação, mas nem por isso pode ser menosprezado. Clube histórico, cresce em competições nacionais e foi recém-promovido para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Todo cuidado dos atleticanos, portanto, será pouco. Ainda mais nesta fase de reorganização da equipe com a posse do novo treinador.

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