Estava tudo encaminhado, imaginava até o título da coluna: Premonição.
Tinha a ver com o posicionamento do atleticano Pablo, que, na segunda partida consecutiva, fazia um gol interferindo no recuo do zagueiro para o goleiro adversário. Tinha sido assim contra o Cruzeiro, na bela vitória (hoje em dia dá pra chamar de goleada) da segunda, no Mineirão, e foi assim contra o Vitória, na Baixada.
O gol de Pablo refletia o melhor futebol do Atlético no primeiro tempo, criando boas chances e contando, inclusive, com o apoio da zaga baiana, que também contribuía para outras interessantes oportunidades de gol. Foram outras, sem contar o recuo de Diego Renan, interceptado por Pablo.
Mas o baixo rendimento atleticano no segundo tempo, contrastando com o crescimento técnico do Vitória, sinalizaram para um placar de igualdade que acabou sendo justo ao término da partida. O Atlético ainda não tem punch para segurar uma vantagem em casa, fragilizado pela perda de algumas peças e ainda devendo na reposição para o treinador, que bem que tanta fazer o melhor possível.
E o Vitória, de Mancini, pareceu muito aquele Atlético incisivo de 2013, saindo para o ataque e buscando o resultado fosse como fosse. Conseguiu, de pênalti, coroando a bela exibição do 2º tempo, quando foi melhor.
Para efeitos de classificação dos comandados de Paulo Autuori, a diferença entre empate e vitória não pesaria tanto. Em qualquer circunstância a quinta posição estaria assegurada. O que pesa contra são os dois pontos a menos conquistados, que podem fazer diferença lá na frente, quando da soma final na busca dos melhores lugares.
Depois da retumbante vitória do Mineirão o que se esperava – e o torcedor sempre pensa 100% – seriam dois triunfos nos compromissos consecutivos em casa, contra Vitória e Fluminense. Não foi bem assim no primeiro deles, foi uma ducha de água fria. É sempre importante pensar que do outro lado há um adversário traçando as mesmas metas e buscando os mesmos objetivos. E neste domingo (17), pela conquista fora de casa, os baianos saíram comemorando.
No aperto
Por conta dos outros resultados, o Coritiba voltou ontem à zona do rebaixamento. Que sempre incomoda, pressiona, ainda que na metade do campeonato. Hoje pega o Atlético Mineiro, na partida isolada do novo horário da competição – apostando no sucesso registrado em campeonatos europeus, principalmente no inglês –, tendo a necessidade de segurar pelo menos um ponto contra uma das equipes melhor equipadas dentre os disputantes. Um empate já alivia a tensão de estar entre os últimos, mas três pontos seriam muito mais que bem-vindos. O técnico Pachequinho, interino, pretende ser efetivado. Um bom argumento seria vitória hoje em BH.
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