O Paraná Clube era o favorito. Tinha a melhor campanha do campeonato estadual e, no confronto direto recente, acumulava duas vitórias consecutivas, uma delas por goleada. Na primeira partida decisiva, havia vencido no campo do adversário e só precisava chancelar a classificação jogando em casa. O favoritismo no futebol é sempre muito relativo e pode se desmanchar dentro de campo cada vez que é contada a história de um jogo. Foi exatamente o que ocorreu ontem, quando o Paraná não soube se impor nem fazer valer todas as condições favoráveis (mando de campo, torcida única, vantagem a favor...), permitindo que o Atlético fosse ganhando espaço até chegar à vitória.
Vitória incontestável, pois o goleiro atleticano pouco foi empenhado, principalmente depois que Marcos Guilherme fez o primeiro dos seus dois gols, que colocaram os rubro-negros na semifinal da competição. Até então, os donos da casa ainda arriscavam alguma coisa. Mas depois disso, nada, a não ser abrir brechas a serem muito bem exploradas por Crislan e Marcos Guilherme na armação de contra-ataques.
O técnico Milton Mendes, perdido em suas alterações, só tratava de tirar volante para colocar atacante, como se tudo fosse ser resolvido automaticamente. Dejan Petkovic, de seu lado, tem o mérito de passar confiança a seus jogadores, que se fecharam em torno da classificação e levaram a sério o compromisso de não encerrarem a temporada no momento.
O time atleticano está embalando, embora a defesa seja instável por baixo. Os laterais já rendem bem, o meio de campo está criando e o ataque é veloz e perigoso. Vai forte e embalado para a semifinal.
Talentos
O susto consertou o Coritiba. No sábado, entrou em campo com a rédea frouxa, imaginando ser possível conduzir a vitória ao natural. Mas o Rio Branco, que não é de se matar com a unha, aproveitou o espaço e saiu na frente. E complicou as coisas até que os donos da casa conseguissem entrar nos eixos. Seria importante vencer para ter a vantagem contra o Maringá, já classificado algumas horas antes. Só a vitória daria a prerrogativa de poder jogar a segunda partida em casa.
Daí veio o toque diferencial de Alex (mais uma vez), decidindo a partida com uma perfeita assistência a Keirrison e uma magnífica cobrança de falta, do lado esquerdo do ataque, com o pé esquerdo e a bola entrando no ângulo à esquerda do goleiro. Há quem garanta ter sido sem querer, que deveria ser apenas um cruzamento. Por mim, foi um golaço de quem realmente teria capacidade de planejar aquilo.
Outro ponto positivo foi Keirrison. De jogo para jogo dá sinais de finalmente estar recuperando a confiança que lhe permite jogar o que sabe. Agora dá para tê-lo como boa aposta do Coxa para a temporada.
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