J. Malucelli e Paraná Clube tanto fizeram que ofereceram de mão beijada a primeira colocação ao Coritiba. Não por falta de empenho, pelo contrário. Quem esteve no Ecoestádio (acompanhei o jogo a distância, seguindo para Ponta Grossa) testemunhou o que disseram ter sido um dos melhores jogos do campeonato estadual até agora. E o empate veio por força dos ataques, que conseguiram superar as defesas contrárias.
Ao longe, coringando de rádio em rádio, ouvi as reclamações do pessoal do Paraná Clube, que voltou a construir toda uma teoria da conspiração para justificar uma chorada "perseguição" contra seu time. Um pênalti contra e uma não marcação de pênalti a favor moveu toda a brigada tricolor contra a arbitragem.
E aí fiquei filtrando opiniões no rádio. Houve quem não visse pênalti em nenhum lance, nem para um lado nem para o outro. Houve quem apontasse como irregular o toque de mão do zagueiro do Malucelli. Na mesma hora, outro dizia ter sido lance puramente acidental, com a queda do jogador sobre a bola. E se há tanta discordância, a arbitragem não pode ser condenada.
Menos ainda pela lembrança de uma foto com a camisa de outro clube em tempos de torcedor de arquibancada. Ora, um dia o sujeito torceu para alguém antes de ser árbitro ou não apreciaria o futebol a ponto de escolher sua profissão. Bobagem. Explicável pela tensão de ver uma disputa direta pela liderança momentaneamente perdida. Mas bobagem.
Nada tendo a ver com isso, o Coritiba triturou o Toledo. Era favorito, mas abriu ainda mais essa condição ao marcar logo com Rafinha, permitindo sossego ao grupo para executar o novo esquema de jogo proposto pelo técnico Marquinhos Santos. Rafinha, aliás, que parece finalmente ter se livrado dos tantos problemas físicos que atrapalharam sua vida nos últimos tempos. Fez dois belos gols e se encaixou muito bem na mudança de proposta tática da equipe.
E o Coxa é novamente líder, folgando na frente e aproveitando a vantagem aberta em turno tão equilibrado quanto esse que se apresenta.
O triste fim
Muito triste a notícia que vem de Arapongas, dando o fim na existência do time de futebol da cidade. E com uma história invejável, campeão do interior e com vaga assegurada na disputa da Copa do Brasil.
Reclamam seus dirigentes (empresários profissionais de futebol que também tentaram se fazer em Londrina, sem sucesso) a falta de apoio dos meios econômicos da cidade na ajuda à manutenção do time. O bom trabalho realizado projetou novamente o nome da cidade e normal seria que houvesse alguma espécie de retorno dos locais.
E é de se pensar: como fica o ambiente no clube, já sabendo da morte anunciada? Com que ânimo vai disputar a Copa do Brasil, à qual penou tanto para conseguir chegar?