Não que seja um predestinado. Os elogios já vieram de todos os lados, mas Evandro é apenas um atacante que sabe estar no lugar certo na hora certa. E que parece ter vocação para fazer gols além do tempo regulamentar. Foi assim em Campinas, quarta-feira, e foi assim novamente contra o Corinthians, quando a derrota já era tida como praticamente certa, no Alto da Glória.
O que teria sido uma grande injustiça, pois o Coritiba mantinha a partida equilibrada, controlava o toque de bola e só pecava (a sina que vive nesse ano) nas finalizações. Ou melhor, na falta de finalizações. Porque Cássio, o goleiro corintiano, a rigor, fez apenas uma boa defesa, no chute de Thiago Galhardo, no primeiro tempo. Tanto quanto o coxa Wilson, que só foi empenhado na cabeçada à queima roupa de Edu Dracena.
Pela diferença técnica entre as equipes (o segundo colocado contra o penúltimo), o empate não pode ser desconsiderado. Só que não resolve a situação do Coritiba, que precisa de todos os pontos possíveis enquanto é tempo, para não deixar acumular tensão e ansiedade nas rodadas finais, quando o peso da responsabilidade se torna enorme, enquanto os possíveis concorrentes se distanciam na classificação.
O resultado de ontem foi até comemorado, pelas circunstâncias de como ocorreu. Mas, cá entre nós, empate em casa é pouco para quem quer sair do atoleiro da zona do rebaixamento. Seja contra que adversário for. E assim, por isso, o Coritiba ficou devendo, mais uma vez.
Serviço completo
No sábado, o Atlético quase entregou um resultado que vinha conquistando com todos os méritos. Vencia a partida, mas o técnico Milton Mendes repetiu uma prática que vinha sendo danosa até então: tentando segurar vantagem tirou um atacante para pôr um meia. E aí, a bola que fluía bem no meio de campo, não encontrava mais ninguém ali pela área contrária. Batia nos beques e voltava. Numa dessas veio o gol de empate do Avaí, que até forçava mais, sem sucesso, porém, pelo bom desempenho da dupla de zaga atleticana.
Veio mais um gol de Marcos Guilherme – que finalmente começa a jogar no Atlético tudo o que dele se esperava e ainda não havia se concretizado – e um pênalti contra, nos últimos instantes. Weverton defendeu e garantiu a vitória fora de casa.
Otávio foi novamente destaque. Bruno Mota é talentoso, criativo, mas às vezes é exibido demais. Se souber se controlar e usar seus bons recursos técnicos na hora certa vai crescer muito e pode se tornar jogador decisivo.
E os rubro-negros completaram o serviço contra os catarinenses. Quatro jogos, quatro vitórias.
Homenagem
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