Os mais antigos, bem mais antigos, estão começando a comparar o ambiente em torno da seleção brasileira com o que ocorreu em 1950, quando o título de campeão mundial chegou a ser comemorado ainda antes da partida decisiva contra o Uruguai. Dizem que o Brasil tinha muito mais time e que poderia, devidamente compenetrado, chegar ao título sem maiores dificuldades. Mas aí veio a soberba e o time só percebeu em campo que tinha perdido o foco das boas atuações anteriores. Tarde demais.

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A seleção é tida como favorita à conquista dessa Copa que começa por aqui na semana que vem. Pelo menos pelos brasileiros e por mais alguns que entendem ser fundamental o mando de campo, com a força vinda da arquibancada.

Interessantes essas forças que gravitam em torno de nossa seleção. A rigor, dos cinco títulos conquistados por nosso escrete, somente no mundial de 1962 confirmou o favoritismo de uma seleção madura, que iria defender a posição conquistada quatro anos antes, na Suécia – quando estreou sem despertar muito interesse inclusive dos brasileiros, até que Pelé e Garrincha se tornaram titulares e a história trata de descrever o resto.

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Para a copa de 70 até estávamos entre os favoritos, mas os ingleses e os alemães vinham muito fortes. O Brasil havia feito uma ótima eliminatória, mas a troca de comando na véspera da competição deixou uma grande interrogação no ar. Na prática, foi aquele show que hoje todos conhecem. Em 78 tínhamos um bom time, mas o futebol era muito pegado, muito curto, que não despertava maiores aspirações dos torcedores. Mesmo assim ainda fomos "campeões morais", terminando invictos. A equipe de 82 era um espetáculo. Cantada em prosa e verso, atacou, atacou e se esqueceu de defender quando necessário. Foi eliminada pela Itália, futura campeã.

Chegamos desacreditados em 94, com classificação na última rodada da eliminatória, graças aos gols de Romário contra o Uruguai. Jogo a jogo a seleção foi ganhando terreno e chegou ao quarto título. Sem muito brilho, mas com eficiência. Em 98 o favoritismo desmoronou naquela final contra a França e na copa seguinte, com argentinos e franceses de favoritos, veio a quinta conquista, aí com técnica, eficiência e disciplina. O "quadrado mágico" de 2006 não funcionou e em 2010 fomos até onde pudemos ir.

E agora, como será?

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