O Atlético tem como foco principal a Libertadores e ainda vem a Copa do Brasil, enquanto o Coritiba só tem o campeonato estadual como foco.
O Atlético tem um técnico consagrado, que não depende de resultado ou conquista para manter a sequência de seu trabalho, enquanto que o Coritiba tem um treinador interino, que depende de resultado e conquista para ser efetivado.
O Atlético entrou sem seis de seus titulares, poupados para o compromisso da próxima quarta-feira, contra o San Lorenzo, enquanto o Coritiba pôs em campo o melhor que tinha.
São argumentos, entre outros, que já estão por aí, a tentar desdenhar a conquista do título paranaense da temporada.
Sabe o que isso significa? Nada.
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Importa é que o Coritiba foi à Baixada, fez barba, cabelo e bigode e agora só tem de preparar o cerimonial para os festejos de domingo que vem, no Alto da Glória, na partida de volta. Comemoração, sim, pois a reversão de um resultado assim é praticamente impossível.
Ontem o Coxa chegou aos 3 a 0 por ter sido melhor em campo e muito mais objetivo. E mesmo quando o Atlético tentou reagir, no segundo tempo, o goleiro Wilson tratou de garantir a folgada diferença de gols a ser administrada na volta.
A simplória comparação de números permitiria reabilitar o Atlético com o mesmo placar domingo que vem. A diferença é a situação de cada partida. Ontem o Coritiba foi marcando ao natural, sem pressão, enquanto os rubro-negros entrarão em campo sabendo que terão de fazer pelo menos três gols a mais. Obrigação, mas um peso muito grande, mesmo que os atleticanos levem a campo a equipe titular (o que parece ser cada vez mais improvável).
E os alviverdes, de seu lado, terão consciência dessa folga de poderem levar dois gols sem qualquer dano maior. Sem perder o foco, é claro, pois, como diria aquele folclórico jogador, “clássico é clássico e vice-versa”.
E o apito...
A arbitragem, infelizmente, não esteve no mesmo nível do que os dois times apresentaram em campo. Errou feio ao anular um gol de Kléber, no primeiro tempo, por impedimento mal marcado. O mesmo auxiliar repetiu o erro, no segundo tempo, em jogada de Douglas Coutinho, que poderia ter sido transformada em gol.
No lance que gerou a expulsão de Gedoz (correta, diga-se), ele havia sido puxado pela camisa por Kléber, que, minutos antes recebera cartão amarelo. Seria para receber o segundo e, por consequência, o vermelho.