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O Atlético está chegando. Levando a tensão até o último limite, conseguiu, com maturidade, chegar à inédita final da Copa do Brasil contra o Flamengo. Não foi contra qualquer adversário e sim contra um especialista em competições eliminatórias como essa. Não é por nada que o Grêmio é ainda – ao lado do Cruzeiro – o maior campeão desse torneio, com quatro conquistas. E sempre, até ontem, com vantagem contra os competidores paranaenses.

O jogo não foi dos mais brilhantes e nem era de se esperar que o fosse. O Atlético teria de garantir o resultado conquistado na primeira partida e foi a campo disposto a defender seu serviço a qualquer custo. O Grêmio buscava vencer fosse como fosse, pelo menos para levar a decisão para os pênaltis.

Não conseguiu, porque o Atlético foi valente, disciplinado, justamente por saber aplicar todas as determinações combinadas e determinadas pelo técnico Vagner Mancini – ele mesmo um especialista, que pela segunda vez é finalista da competição.

Justa classificação de um time que conseguiu ser coeso e construiu seu sucesso partida após partida. E que se aproxima cada vez mais de uma nova participação na Copa Libertadores da América. Em duas frentes, como finalista da Copa do Brasil e como atual vice-líder do Campeonato Brasileiro.

Foguetes e rojões

Da cabeça de um torcedor tudo pode se esperar. São sempre reações surpreendentes, para o bem ou para o mal. Infelizmente a maioria costuma agir para o mal.

E assim, como era de se esperar, alguns torcedores do Grêmio decidiram fazer barulho na madrugada porto-alegrense, tentando perturbar o sono dos atleticanos (a exemplo do que ocorreu no jogo de ida, em Curitiba). Tentaram, pois, na verdade, nada de efeito aconteceu. Foram alguns gaiatos que chegaram à portaria do hotel como se fossem hóspedes para o check-in. Enquanto um deles enrolava o pessoal do balcão, o outro soltou algumas bombinhas no saguão, com o objetivo de provocar o acionamento do alarme de incêndio. Fracassou, foi impedido pelo segurança, correu para o carro de apoio e saiu correndo do hotel. Não sem antes soltar alguns rojões.

Nada exagerado, pois o hotel do Atlético (e onde também estamos hospedados) fica a duas quadras do hotel onde se concentravam os gremistas e estes, claro, não poderiam ser perturbados. Além disso, fica defronte ao Aeroporto Salgado Filho, sempre cercado de segurança extra.

E foi por essa razão, de estar vizinho do aeroporto, que ninguém escutou nada. Porque os vidros dos apartamentos são triplos, feitos para impedir que o ruído dos aviões, decolando e aterrissando, atrapalhe o sono dos hóspedes. E se não dá para ouvir avião, não dá para ouvir rojão.

E assim, o resultado de ontem aconteceu apenas como consequência do que se realizou em campo. Sem interferência das forças extraordinárias.

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