É, não deu. Bem que o Coritiba tentou, saiu na frente com a bela cobrança de falta do César González, mas não teve estrutura para encarar o campeão da América. O Atlético Nacional voltou para o segundo tempo com toda a pilha e o artilheiro Borja fez a diferença, marcando os três gols da vitória, em Medellín – o segundo, então, uma pintura, num voleio como poucos vistos nos últimos tempos.
Não deu, mas pelo menos foi importante no currículo coxa, que até este ano jamais havia passado de uma primeira fase de competição continental. Desta vez passou e encantou, com a reversão do placar contra os argentinos do Belgrano, na fase anterior.
Mas nesta quarta-feira bateu de frente com seus limites. Não tinha, mesmo, como ir além. Foi um sonho, uma ilusão de poucos dias, que pelo menos alimentou a paixão da nação alviverde.
O alvo, agora, é focar no Campeonato Brasileiro, já tentando tirar pontos na partida de sábado, contra o Botafogo. Um ponto fora de casa já resolve.
O jogo da vida
Um campeonato inteiro decidido em uma só partida. E o chavão “jogo de seis pontos” nunca foi tão aplicado quanto na descrição da partida de sexta-feira (28), entre Paraná Clube e Bragantino, na Vila Capanema.
Trata-se de um confronto direto de duas equipes separadas por seis pontos, uma no limite da zona de rebaixamento (Bragantino) e outra em constante namoro com a possibilidade de ingressar nesse atoleiro, o Paraná Clube.
Até meses atrás seria de se cravar um favoritismo aos tricolores, por se tratar de partida dentro de casa. Mas, a partir do último terço do primeiro turno, o time se perdeu também como mandante e, além de não conseguir pontos fora de Curitiba, passou também a acumular prejuízo nas exibições dentro da Vila Capanema, deixando passar pontos que hoje poderiam significar tranquilidade para seguir adiante e projetar, com mais prudência, a temporada de 2017.
Mas, por mais que esteja se arrastando na competição, o Paraná Clube conta com um santo forte, que leva seus concorrentes diretos ao mesmo destino. Terça-feira, por exemplo, o Oeste empatou em casa com o Luverdense, somou apenas um ponto e não ultrapassou os paranistas na classificação. Se tivesse vencido, o Paraná seria o primeiro fora da ZR.
Por isso os três pontos serão fundamentais. Primeiro, por aumentar para nove a diferença de pontos em relação ao Bragantino. Além de se precaver para um possível êxito do Joinville (improvável, mas não impossível) contra o Brasil-RS, o que diminuiria a distância aos catarinenses, aí sim já os primeiros na turma dos rebaixáveis.
Vencer ou vencer, eis a questão. Mas como? Depois da dispensa (até hoje incompreendida) de Claudinei Oliveira do comando técnico, o Paraná Clube entrou em espiral de queda que os outros treinadores contratados (mais fracos) não conseguiram interromper.
E é com essa tensão que entra em campo nesta sexta-feira, no jogo da vida, da sobrevivência.
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