O Atlético bem que tentou, teve até maior posse de bola, mas o Coritiba foi o dono deste Atletiba. Objetivo, conseguiu criar as melhores chances na partida, teve boas finalizações e fez a diferença no placar, garantindo a vitória e os três pontos que, mais uma vez, afastam a ameaça da zona do atoleiro que os resultados anteriores haviam novamente proporcionado.
Entre os técnicos, triunfo de Ney Franco, que montou uma equipe compacta, elástica, que se soltava com perigo no ataque. Do outro lado, Milton Mendes parece ter a validade de sua tática vencida. Já não consegue mais ganhar. Ontem, quando se poderia esperar uma equipe mais à frente, para equilibrar as ações, escalou dois volantes e chamou o rival para seu campo. Sem cerimônia, o Coxa aceitou e foi à frente, largando na vantagem com o gol de Henrique Almeida, que, livre na frente da área (Vilches chegou atrasado), abriu o caminho da vitória.
Quando Negueba fez o segundo, nos instantes finais do primeiro tempo, o placar já estava decidido. Mesmo porque Walter, que não é de perder chance, desperdiçou uma oportunidade impensável, jogando para fora a chance de um possível empate.
E se o primeiro tempo teve boa disputa, o clássico perdeu muita qualidade no segundo, truncado, ríspido, mais na bola parada do que em jogadas construídas. Teve o Atlético ainda uma bola na trave, mas tudo ficou por aí, com o importante resultado alviverde.
Importante destacar: essa dupla de zaga coxa é mesmo muito boa. São dois meninos, Walisson e Juninho, mas muito seguros. Walisson ainda hesitou na jogada perdida de Walter, mas foi sua única falha no jogo. De resto, atacante rubro-negro nenhum teve moleza na grande área coxa. Uma becaria para render muito, no presente e no futuro.
Vitória justa, incontestável, de quem sempre procurou o resultado, com base em uma sólida tática e muita aplicação, contra um oponente disperso e sem saber exatamente o que fazer.
Extremos
O Paraná Clube manteve a emoção dos últimos momentos. Já teve vários contra, mas também alguns a favor. Quando se imagina estar tudo decidido vem um lance fatal e faz o resultado do jogo.
Contra o Mogi Mirim, sábado à noite, foi assim, mais uma vez. Só que a favor. O adversário, último colocado, parecia não poder resistir. Mas ia segurando o jogo, chegando ao empate depois de ter levado o primeiro gol. Só que os tricolores insistiam no ataque, sem sucesso.
Até que veio o lance do pênalti, bem convertido por Rafael Costa. A vitória foi importante, pois o time ainda não está totalmente (matematicamente) livre da ameaça de queda. Sábado, contra o Atlético Goianiense, pode ser o momento para consolidar esse conforto. E começar a pensar no planejamento do ano que vem. Com situação ou oposição, na eleição que se aproxima.