Só não arrisco afirmar ter sido o pior jogo que vi do Coritiba porque a memória recente pode interferir. Mas, dos últimos tempos, posso garantir que foi. Aliás, até chegar à derrota de ontem, para o Arapongas, o time foi oferecendo alguns sintomas pelo caminho, principalmente nas exibições mais recentes, como o sofrido empate em Manaus, contra o Nacional, e alguns momentos da partida contra o Paranavaí.
A derrota anunciada poderia parafrasear alguém. O Arapongas foi melhor durante o tempo todo e passou a impressão de ser o único time interessado em jogar. Indolente, o Coritiba aceitou a pressão do adversário desde que a bola rolou, levou o primeiro gol e ainda assim não conseguiu reagir. As orientações do técnico Marcelo Oliveira pareciam não surtir efeito. Tanto quanto o que deve ter sido treinado na rotina diária do clube. E as jogadas que chegaram à defesa do Arapongas foram de tal forma mal executadas que permitiram ao zagueiro Douglas aparecer como o grande destaque da partida, limpando a área em toda a sua extensão.
Foi um desastre coxa, por falta de um atacante com mais facilidade de acesso à zona de finalização, por falta de um meio de campo criativo a alimentar sua peça de frente e até mesmo por conta de uma defesa descontrolada, que, em dois lances refletiu diretamente a instabilidade emocional da equipe. Primeiro, na expulsão de Emerson, amarelado ao reclamar acintosamente de uma falta marcada. Levou o vermelho em seguida, por prosseguir na reclamação (ou xingar o árbitro, o que dá quase no mesmo). Logo Emerson, o melhor zagueiro do futebol paranaense, nosso representante em convocação recente da seleção brasileira. O segundo momento comprometedor da defesa veio quando Pereira perdeu pelo alto para o Léo Itaperuna (bem mais baixo que ele) e ofereceu todo o espaço para o atacante fazer o segundo gol e definir o placar.
A péssima apresentação do Coritiba não tira o mérito da vitória do Arapongas, que foi premiado pela determinação que jogou para apagar a má impressão da derrota sofrida em casa para o Londrina. Aliás, é de se pensar como um time desses pôde ter sido de tal forma surpreendido em casa, a ponto de levar 4 a 0. Certo que o Londrina está voando, mas a diferença será tão grande assim?
E assim o Tubarão é líder, goleou o virtualmente rebaixado Iraty e agora enfrenta o Coritiba (quarta-feira que vem, no Alto da Glória) com todas as vantagens possíveis para encaminhar a conquista do segundo turno. Mesmo perdendo o jogo ainda terá a larga diferença no saldo de gols, que poderá administrar até o fim dessa fase da competição.
E o Coxa começa a fazer contas e a torcer pelos outros. Custou caro o castigo da primeira derrota após 48 partidas de invencibilidade no campeonato estadual. Poderia ter sido bem menos doloroso.
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