Estava a dúvida no ar: teria a parada da Copa do Mundo interrompido o bom momento do Atlético no Campeonato Brasileiro? O jogo de ontem provou que não. Certo que o Flamengo não anda lá essas coisas e é praticamente freguês nos confrontos mais recentes entre os rubro-negros, mas o Atlético de Doriva, o técnico que estreou ontem, mostrou-se tão eficiente quanto aquele que vinha sendo dirigido interinamente por Leandro Ávila.
Saiu na frente do placar com Douglas Coutinho, levou o empate em desatenção de bola parada e chegou à vitória em outra bola parada, bem finalizada por Cléberson. Ganhou, com a vitória, algumas posições e hoje já se posiciona bem próximo da zona da Libertadores, tendo chance de chegar entre os quatro, caso passe domingo pelo Criciúma, na estreia oficial da nova Baixada (ainda que sem público). O time mostrou-se firme, coeso, um pouco afoito em algumas saídas de bola. Mas fez o suficiente para manter o pique em alta e a boa fase.
Já o Coritiba começou essa segunda fase do campeonato justamente como a torcida não esperava: perdendo de novo. Contra um adversário frágil, também se debatendo na zona do rebaixamento, não conseguiu se impor e perdeu mais uma, afundando-se ainda mais na área da degola.
O Figueirense deu a sorte de fazer o gol no primeiro ataque e dali em diante tratou de administrar a partida, pondo em prática na vitória o que já havia sido combinado para garantir o empate. Fechou a marcação nos dois laterais do Coritiba e no espaço próximo a Alex e Robinho, deixando apenas Baraka completamente livre, inteiramente à vontade para errar todos os passes possíveis.
Perdeu, como sempre
Seria maldade fazer aplicar aqui aquele ditado do "jogou como nunca, perdeu como sempre" ao Paraná Clube. Poderia parecer uma galhofa, uma provocação aos torcedores e sei que estes não merecem qualquer cutucão, de tão sofridos que estão. Mas que a campanha tricolor está parecida com esse registro entre aspas, isso está. A cada entrevista de dirigente, treinador ou jogador, o que mais se ouve é que o time vem jogando bem e que sempre dá um azar de perder. Quase sempre nos instantes finais, quando poderia segurar resultados mais interessantes.
Em Belo Horizonte foi novamente assim, na terça-feira. A falta de ritmo de jogo (semana passada, por causa de salários atrasados, os jogadores se recusaram a fazer um jogo-treino com o Coritiba) ficou flagrante quando o equilíbrio que perdurava em campo começou a pender para o lado mineiro, a partir dos 30 minutos do segundo tempo.
Aí a pressão aumentou e o gol saiu nos instantes finais. Só que ainda houve uma chance de empate tricolor, desperdiçada, no derradeiro lance do jogo. E assim se contou a história de mais uma derrota a manter os paranistas entre os rebaixáveis.
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