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Um gol nos instantes finais mudou a história da partida do Coritiba. De novo. Só que dessa vez não teve culpa de arbitragem e sim a falha do goleiro Vanderlei, que ia saindo para a direita e teve de retornar à esquerda para neutralizar o efeito da boa cobrança de Fabrício. Não conseguiu, o time perdeu e agora tem de sair do prejuízo no jogo de volta, terça-feira que vem, em Curitiba. Fazer pelo menos dois gols de diferença para continuar na Copa Sul-Americana.

O jogo foi monótono, decidido em uma bola parada. Mas pelo menos teve um ponto positivo, Vitor Júnior. O atacante entrou decisivo, fez bons lances individuais, criou a melhor condição de gol do Coritiba e deu a entender que pode, sim, ser o sucessor de Rafinha na equipe titular. Menos mal.

Em São Paulo foi uma grande oportunidade desperdiçada. O Palmeiras saiu na frente logo de pronto, mas cedeu espaço e permitiu que o Atlético atacasse. E, assim, foram aparecendo as oportunidades, não aproveitadas pelos atacantes rubro-negros.

Mas a boa apresentação da equipe dá boas perspectivas para o futuro, com possibilidade de classificação na semana que vem. Por mais que o resultado de ontem não tenha sido o melhor, pois o fato de não ter marcado gol fora de casa é sempre um complicador. Força o Atlético a jogar por dois gols de diferença na semana que vem. Imaginando que todas as chances de desperdício foram jogadas ontem, cria-se uma boa expectativa.

Caminhos alternativos

Ética e futebol nem sempre andam juntos. Aliás, no Brasil quase nunca são parceiros. O episódio desta semana, envolvendo o meia Welliton é o exemplo vivo desta situação. Certo com o Coritiba, trocado por Willian com o Grêmio e já com os exames médicos em dia, aprovados, o jogador simplesmente desapareceu. Quando os dirigentes do Coxa foram buscá-lo para que fosse apresentado ao grupo e iniciasse seus trabalhos no clube, não havia mais ninguém no hotel. Welliton tinha ido para o São Paulo, em troca, possivelmente, de uma proposta superior.

Nada surpreende vindo do São Paulo, clube com a política de contratar jogadores sem custo, em fim de contrato. Foi assim com Dagoberto, com Marlos, com Aloísio, apenas para lembrar os mais recentes que saíram daqui. Com o melhor do Goiás, na metade da década passada – de uma só vez levou Josué, Grafite, Fabão e Danilo.

Não é ilegal, mas também não é nada decente, moral, especialmente da maneira como são conduzidos os processos. Aliciamento talvez fosse uma palavra muito forte, mas é difícil encontrar definições mais brandas para esses casos. O Grêmio promete endurecer, garante ter o controle sobre o destino do jogador por deter seus direitos federativos – porque também ficou sem Willian, a outra parte do negócio. Mas aí tem também o outro lado, o livre desejo do profissional de trabalhar onde melhor entender.

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