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Na bagagem, a esperança de sucesso. O Coritiba segue hoje para Fortaleza com a mesma ansiedade do novato que inicia qualquer competição. E é assim mesmo em torneio de tiro curto como a Copa do Brasil, que pode apontar surpresas e decepções a cada encruzilhada.

A partida desta quarta-feira, contra o Ceará, será a mais difícil da temporada. Não pelo discurso corriqueiro que se ouve dos técnicos, sempre valorizando o próximo confronto, e tampouco pelo fato de um tarólogo ter apontado o "Vovô" campeão da Copa do Brasil (a essa altura já com 25% de possibilidade de acerto). Sabem os coxas da força dos cearenses em campo, que também não chegaram por acaso à semifinal.

E esses adversários do, digamos, bloco intermediário, sempre são mais complicados. É porque não jogam com a empáfia dos ditos "grandes", que, às vezes até inconscientemente, tentam fazer valer o peso da camisa, da torcida e da tradição no ranking brasileiro. Foi assim que o Palmeiras veio ao Paraná e tomou um baile sem chance de reencontrar o rumo no jogo de futebol. Foi assim que o Flamengo recebeu o Ceará no Engenhão e quando percebeu já havia perdido a longa invencibilidade da temporada, não conseguindo reverter o quadro no confronto de volta.

Não dá para garantir o favoritismo entre os itens essenciais da bagagem coxa rumo aos verdes mares cearenses. Não da partida de depois de amanhã, especificamente, mas pelo menos imagina-se vantagem no confronto dos dois jogos. Com os retornos de Léo Gago e Rafinha o equilíbrio do meio de campo estará restabelecido, na marcação, na saída de bola e na movimentação das peças a caminho do ataque. E até mesmo o empate – com gols, de preferência, já que o 0x0 oferece riscos para a partida de volta – deve ser considerado como bom resultado para esta largada rumo à final da Copa do Brasil.

O campeão do interior

Terminou ontem oficialmente o Campeonato Paranaense de 2011, com a decisão do título do interior, entre Operário e Cianorte. Um bom campeonato, que mexeu com as torcidas desde a metade de janeiro e que só não foi mais vibrante devido à absurda superioridade do Coritiba perante os demais concorrentes. Tanto que ontem a data também estaria reservada à decisão do título, o que os coxas impediram, ganhando com sobra os dois turnos corridos.

E o Cianorte ficou com o título, na decisão por pênaltis, depois de vitória do Operário no tempo de jogo corrido (o Cianorte venceu a primeira, no domingo anterior). E como as cobranças de pênalti sempre crucificam alguém, o goleiro Ivan, grande destaque da equipe operariana, perdeu o pênalti decisivo, permitindo a comemoração do Cianorte em pleno Estádio Germano Krüger.

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