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Não deu certo, não deu liga. Celso Roth bem que tentou, trouxe bons profissionais para ajudá-lo a dirigir o Coritiba, mas deixou o comando da equipe com um rendimento baixíssimo, muito aquém do que se poderia considerar razoável.

Nem tanto por culpa dele, mas por força das circunstâncias. O grupo de jogadores, por exemplo, tirando o diferencial do craque Alex, é comum demais e pouco pode oferecer de opção para quem pretenda mudar o andamento de uma partida. Mal e mal tem os titulares, pois uma passada no banco de reservas certamente deixa o treinador (seja quem for) numa boa enrascada para pensar em alterações.

Mas como o nível técnico do futebol brasileiro não é lá essas coisas, houve jogos nos quais o time se comportou bem, jogou até melhor que o adversário. Mas não soube transformar essa superioridade em placar favorável. Pelo menos em quatro oportunidades.

No sábado, após a derrota para o Palmeiras (reabilitando mais um lanterna, depois de já tê-lo feito com o Flamengo), Roth bradou aos quatro cantos contra a arbitragem. Especialmente após a expulsão de Leandro Almeida ainda no primeiro tempo – por uma falta por trás. Seria cartão vermelho certo na Copa do Mundo, mas no padrão de arbitragem brasileiro, mais frouxo, não passaria de um cartão amarelo. E, sob esse aspecto, os coxas-brancas estão certos, pois ficaram um tempo inteiro e mais um pedaço com um jogador a menos. Mas longe de se imaginar o tal complô sugerido pelo treinador, para livrar o Palmeiras de novo rebaixamento.

Pois agora Celso Roth se foi. Não daria certo mesmo, não deu liga. E a diretoria do Coritiba, sem perda de tempo, já anunciou seu substituto: Marquinhos Santos. Ele mesmo, que deixou o clube há pouco tempo, por passar por turbulências temporárias - uma eliminação na Sul-Americana para o Itagüi- após um ótimo trabalho de reestruturação, livrando a equipe do rebaixamento em 2012.

E o assunto de agora é semelhante. O foco do Coritiba é não cair e Santos já mostrou que tem as ferramentas para percorrer o árduo caminho da recuperação. E se na ocasião houve precipitação em sua saída (com 57% de aproveitamento, contra 38% agora de Roth), agora chega a chance de corrigir aquela situação.

E o Coxa, apesar de todas as limitações de seus jogadores, pode reencontrar o bom caminho com o novo técnico. Ele é do ramo e conhece o clube como ninguém.

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