Vai ser um jogo muito sem graça. Um está no meio da tabela, sem qualquer objetivo maior. Outro está lá embaixo, se debatendo, tentando escapar de nova degola. Poucas vezes um Atletiba teve um anticlímax assim.
Não são argumentos meus. É o que mais ouço ou leio por aí, vindo de coxas, atleticanos e até mesmo de alguns companheiros da imprensa. E todos fazem comparações com os grandes clássicos da história do confronto, dos resultados incríveis, das viradas, das surpresas dos piores contra os melhores e coisas assim.
Não concordo. Atletiba é sempre uma partida muito especial e nenhum é igual a outro. E jamais houve a chance de um confronto entre as duas principais potências do futebol paranaense não ter motivação própria, que é o fato de os dois poderem se encontrar no gramado.
Esse do próximo sábado tem muito de importante, sim. Não fosse apenas pela oportunidade de um novo embate entre os dois, vitória de quem quer que seja dá um gás diferenciado para a sequência do campeonato.
O Coritiba, por exemplo, pode tomar fôlego para tentar iniciar a escapada dessa incômoda situação em que se encontra, na última colocação. Não sairia da zona de rebaixamento, mas, com moral em alta, poderia dar início à tão esperada recuperação que vai exigir praticamente campanha de campeão de turno para escapar do atoleiro. E o torcedor alviverde, então, poderia recuperar o ânimo que perdeu, tão ausente que se encontra das redes sociais.
O Atlético, de seu lado, teria o benefício da vitória no clássico como uma pá de consolidação na recuperação que se prenuncia. O triunfo sobre o Corinthians foi importante para devolver a tranquilidade a um grupo que já vinha sendo cobrado por falta de melhor rendimento. E como no clássico tudo se resolve, vencer daria imunidade ao treinador e sua comissão técnica por algumas boas rodadas.
E não adianta perguntar, porque não há favorito. O histórico do clássico mostra isso e na atualidade as duas equipes estão muito parecidas, principalmente nos defeitos, já que a qualidade é pouca dos dois lados.
Mas emoção com certeza não vai faltar nesse clássico de depois de amanhã. Atletiba é sempre assim, emoção nas alturas. E esse não será diferente.
Os minutos finais
Brinquei aqui, tempos atrás, que o Paraná Clube poderia entrar com um pedido para seus jogos terminarem três ou quatro minutos antes. Que fossem compensados no primeiro tempo, algo assim. Isso de tanto gol sofrido nos instantes finais, derrubando conquistas aparentemente garantidas.
E não é que aconteceu novamente? Anteontem, em Campinas, aquele gol sofrido aos 43 do segundo tempo foi um pecado. O time vencia a líder Ponte Preta com propriedade e havia levado gol num pênalti contestável.
Veio o erro, o gol e mais uma frustração.
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