Festa atleticana no gramado do San Carlos Apoquindo.| Foto: Jonathan Campos –enviado especial/Gazeta do Povo

Surpreendente o futebol. O Atlético marca sua participação na Libertadores por buscar sempre o caminho mais difícil, porque o fácil todo mundo faz.

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Foi assim na primeira fase, nas eliminatórias iniciais, quando empatou em casa com o Capiatá e foi buscar a classificação com vitória no Paraguai. Depois, já na fase de grupos, foi buscar na Argentina, contra o San Lorenzo, os pontos que havia desperdiçado em casa, contra a Universidad Católica.

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E ontem, quando praticamente ninguém mais acreditava, os rubro-negros passaram de fase com a vitória no Chile, contra a mesma Católica. Com todos os requintes de emoção. A cada gol que fazia, levava uma invertida a seguir.

Até que Carlos Alberto pegou na veia, de fora da área, e decidiu a partida e a classificação. Prêmio para o grande destaque da partida, que saiu do banco para dar ao time o ritmo que Lucho González não havia conseguido. Já havia construído o primeiro gol, marcado por Eduardo da Silva, e transformado o ritmo do jogo, de desespero em concentração.

E agora, à essa altura, com o time classificado e, por consequência, com mais alguns bons dólares da conta, o que dizer do fato de o técnico Paulo Autuori poupar seus jogadores e tomar aquele monte de gols com seus times alternativos?

É o futebol, assim, mesmo, do clube que é muito ligado ao santo das causas perdidas e voltou a fazer mais uma das suas.

As queixas do presidente

Reclama o presidente do Paraná Clube. O time vem de ótima temporada, classificado para seguir na Copa do Brasil, idem na Primeira Liga, teve um desempenho quase irrepreensível no Campeonato Estadual – deixando de seguir adiante por ações indiretas do tapetão – e vinha de ponto conquistado fora de casa na estreia do Brasileiro.

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E aí, quando faz sua primeira partida em casa, contra o adversário de respeito – um concorrente direto para quem pretende ascender à Primeira Divisão –, a torcida não retribui e troca a vibração da arquibancada pelo sofá do pay-per-view.

Ao vivo, passando pela bilheteria, pouco mais de dois mil pagantes, números abaixo, inclusive, da média de público do campeonato paranaense.

Os jogadores que vieram para esta temporada certamente estranharam. Até então não tinham visto tão pouca gente a prestigiá-los. E todos ficaram sem explicação, embora houvesse, por parte de torcedores, a tentativa de culpar o horário (21h30) da partida pela ausência de tanta gente.

Será mesmo? Faria tanta diferença ou o comodismo de assistir em casa teria falado mais alto? Seja como for, amanhã [sexta-feira, dia 19] haverá um novo teste.

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Novamente em casa, o Paraná recebe o Paysandu. Desta vez às 19h15, sem margem para qualquer reclamação de horário. Ou vão achar que é muito cedo e não haverá como sair do trabalho a tempo?