O gol de Iago, já nos instantes finais, deu ao Coritiba a esperança de classificação à semifinal da Copa Sul-Americana. Tanto que a torcida aplaudiu o time na saída de campo, pela persistência na busca do resultado, depois da desvantagem desde o começo da partida.
O Atlético Nacional mostrou, de pronto, por que é o atual campeão continental. Quando se poderia esperar uma equipe cautelosa, segurando o jogo à espera do melhor momento de ataque, surpreendeu e começou já na frente, adiantando a marcação e segurando a saída de bola dos anfitriões.
Tanto que o gol saiu assim. A roubada de bola veio lá do meio, a jogada foi trabalhada de pé em pé até a correta finalização de Borja para largar em vantagem. Logo ele, artilheiro perigoso, o terceiro mais eficiente do mundo até agora, com 36 marcados na temporada, apenas atrás de Messi e Suárez, ambos do Barcelona.
Mas quando ficou com um jogador a mais, com a expulsão de Nájera, o capitão adversário, o Coritiba não soube finalizar com presteza, por mais que tivesse o maior volume de jogo e a posse de bola. Afinal de contas, o treinador havia tirado os dois volantes, trocados por meia e atacante, que, ainda assim, não obtinham sucesso nas conclusões. Havia falha sempre na tal da última bola e quando a pontaria melhorava – e foram raras vezes – o goleiro Armani garantia a invencibilidade.
Nos instantes finais, já sem técnica e só na vontade, o que se viu foram as inconsistentes bolas altas alçadas na área colombiana, até o belo gol de Iago, batendo forte da entrada da área, para empatar a partida, provocando, a partir dali, uma debandada geral em direção à grande área contrária.
Agora, na partida de volta, semana que vem, o Coxa precisa pelo menos fazer um gol. O empate por 0 a 0 classifica o Nacional, a repetição do resultado leva para os pênaltis e qualquer outro empate é brasileiro.
Difícil, mas depois da virada contra o Belgrano, na Argentina, o Coritiba é capaz de tudo.
O manto sagrado
Não entendo algumas coisas no futebol. Pelo que se sabe, a prioridade na escolha do uniforme de jogo é sempre do mandante. No jogo de ontem, do Coritiba, consequentemente.
Mas daí o que se vê na entrada em campo é um time descaracterizado, entrando para o jogo com o que seria a combinação de peças do adversário.
Que o Coritiba quisesse valorizar a camisa “jogadeira”, campeã brasileira, aí se entende. Mas o uniforme oficial do clube recomenda calção negro e o time apareceu de calção branco, como se fosse o Juventude ou até mesmo o Atlético Nacional.
Alguém pode alegar que uniforme não ganha jogo, mas que faz a diferença e personaliza a equipe com os bons fluidos, aí não há quem possa contestar.
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