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A primeira impressão foi falsa. A de que o Coritiba arrasaria no clássico. Quatro minutos de jogo e a vantagem no placar punham vitamina na teoria daqueles que entenderam ter sido o resultado do clássico anterior facilitado pela indolência dos coxas em campo. Afinal de contas, time por time, os alviverdes eram tidos como bem mais fortes. Ficou na impressão, apenas, que começou a se desmontar no gol contra de Patric, oito minutos depois.

E aí o que se viu foi um retrato bem parecido ao de três semanas atrás, com os meninos do Atlético tentando a todo custo chegar ao ataque – atabalhoadamente, é verdade –, enquanto o Coritiba não conseguia dar ritmo a um time que, a rigor, ainda não conseguiu se definir na temporada.

Talvez o mau rendimento coxa tenha a ver com a apagada partida de seu capitão. Alex – e ele mesmo concordou – esteve irreconhecível. Talvez inconscientemente preocupado com a possibilidade de levar o terceiro cartão amarelo e ficar fora da final. Talvez nem ele mesmo saiba dizer isso. Mas com ele também se apagou o rendimento criativo do meio de campo, apesar de todos os esforços de Robinho para organizar as coisas por ali.

Importante lembrar outro fator decisivo para a má jornada de Alex: a implacável marcação de Renan Foguinho – a exemplo do que já tinha ocorrido no confronto anterior. Foi um dos principais destaques do Atlético. Ele e Léo, bom lateral, que simplesmente acompanhou Rafinha por todo o gramado, impedindo as ações do atacante coritibano. Mas teve um pecado, que foi fatal: permitiu a chegada de Geraldo para arrematar o gol de empate.

Só que o Atlético pecou também na criação, embora, impulsionado pela torcida, estivesse sempre mais presente no ataque. Até virar o marcador e oferecer mais espaço em campo para possível reação do adversário, com a troca do atacante Crislan (que vinha bem no jogo) pelo zagueiro Erwin.

O resultado de empate foi dolorido para quem sempre procurou o gol (até pela necessidade de anular a vantagem contrária). Mas a torcida atleticana entendeu e aplaudiu seus jovens representantes ao término da partida.

Para o Coritiba, tudo continua na mão. Inclusive a expectativa que da próxima vez o time vai finalmente jogar como todos imaginam ser possível para uma equipe de tal gabarito técnico. Um novo empate garante o título e por isso mantém o favoritismo para os coxas. Mas que o time alternativo do Atlético está tornando as coisas bem mais difíceis do que se poderia imaginar, isso está. E não é de graça que os rubro-negros também começam a falar na conquista maior.

Bons ingredientes para domingo que vem.

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