A duas rodadas do fim da primeira fase do Paranaense, o J.Malucelli está sobrando. Como sobrou na partida de domingo, contra o Coritiba. E aí, alguém pode querer argumentar, alegando maior volume de jogo dos coxas ou mais presença nas finalizações.
Só que o futebol se faz por resultados e o aproveitamento do time do Barigui é muito bom, acima da média. Como não tem a mesma exposição de mídia que os concorrentes mais badalados, cada boa vitória soa como surpresa.
O J. Malucelli tem uma estrutura invejável. Não fosse por uma pisada em falso, anos atrás, ao abrir mão da Série B brasileira (após conquistar a Série C), por falta de subsídios de viagens e hospedagens (que acabariam sendo confirmados em seguida), já estaria de muito entre os principais disputantes das divisões nacionais.
Mas, vida que segue, teve de começar de novo e está se reestruturando. Acerta nas contratações pontuais, preenche os espaços deficientes com atletas talhados para a posição e vai ganhando espaço. E aí não é de se surpreender com a posição assumida ontem, de líder do Estadual, com a concisa vitória sobre o Coritiba.
Passou sufoco, livrou-se de boas, mas comemorou o bom resultado com justiça, por ter sido a equipe mais eficiente em campo. O Coxa bem que tentou, mas falhou na conclusão e ainda viu sua esperança de centroavante expulso de campo – num lance injusto, diga-se, pois Ortega sofreu a falta que reclamou.
Paga o Coxa pelo mesmo problema dos últimos tempos, da falta do articulador. Consta poder ser este Gonzalez, o venezuelano que está chegando. Mas, cá, entre nós: venezuelano para ser maestro, funciona?
Pedra no caminho
De resto, um empate sofrido do Paraná, justamente em manhã de casa cheia, com a torcida animada pelo que de melhor pudesse vir. Não veio. Lúcio Flávio, chorado e esperado nas ausências recentes e de contrato novo, parece não ter ido a campo e, com isso, o time não conseguiu superar o bom esquema defensivo do Cascavel. Como consequência, após liderar de cabo a rabo a competição até aqui, os paranistas passaram a liderança adiante, justo quando se imaginava ser possível uma disparada.
Sábado, uma bela retomada do Atlético, agora sob nova direção. Mesmo poupando alguns titulares para o confronto da Copa do Brasil (quinta, em Pelotas, contra o Brasil), sobrou em cima do PSTC, que dias atrás aprontou uma virada sobre o Coritiba. Paulo Autuori, o novo técnico, só na conversa, já azeitou algumas arestas e o time funcionou.
Ainda sábado, na minha Ponta Grossa, vi o Operário se afundar de vez. O Londrina foi muito mais efetivo, venceu com propriedade e ajudou a empurrar o campeão paranaense rumo ao rebaixamento. Triste para a cidade que se encantou com a conquista e imaginou novos tempos para o futebol local.
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