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Tabu quebrado. Alex e Lincoln podem, sim, jogar juntos. A soma da qualidade dos dois jogadores faz do Coritiba um time tão técnico, a ponto de controlar até mesmo o momento de adversidade, com toque de bola e jogadas conscientes de ataque.

Há problemas na defesa, claro, pois ninguém leva três gols e sai achando que está tudo bem. Mas do meio em diante as coisas estão funcionando de tal maneira que nem mesmo foi preciso o centroavante acertar a finalização. E olha que o Bill tentou um bocado, mas ainda parece estar sem embocadura.

Outro destaque que não é de hoje e já vem de alguns jogos: Robinho. Antes pela regularidade na assistência. Ontem, pelo toque de bola, pela chegada e pelos gols. É peça importantíssima nessa campanha bem conduzida pelo técnico Marquinhos Santos. Este, que agora, finalmente, não parece mais ser questionado em sua capacidade. E devolve o Coxa à ponta da classificação, unificando a torcida para torcer hoje para o Botafogo se enroscar com o Vitória.

Grande jogo, com dois adversários abertos e querendo gols. Como nos tempos do futebol romântico que quase não se vê mais nos dias de hoje.

Caiu o Horto

Quando o Atlético-MG fez 1 a 0 e Bernard comemorou tanto até à expulsão, era de se imaginar que o tabu de 38 partidas seria mantido. "Caiu no Horto, tá morto", dizem os atleticanos de lá, referindo-se à então invencibilidade do campeão das Américas no Estádio Independência.

Mas o Atlético Paranaense estava bem no jogo, como talvez nunca estivesse antes nesse campeonato. Firme na defesa e incisivo nas jogadas de contra-ataque, pecava apenas na insistência com a ligação direta entre o goleiro e os avantes, quase sempre caindo na posse de bola do adversário.

Parece que estão deixando Vagner Mancini trabalhar, sem interferência em suas ações. E, pela cabeça dele, o time, aos poucos, vai se moldando. Zezinho entrou e decidiu o jogo, com duas assistências perfeitas. A coisa está tão equilibrada que o Atlético já subiu para o 10.º lugar.

Devagar se vai ao longe

Tudo de bom vem aos poucos. O que chega rápido demais, tão rapidamente também se vai. Pelo menos é o ensinamento que os mais velhos costumam nos passar, recomendando sempre paciência e parcimônia em nossos atos e em nossas conquistas.

Talvez nem tenha nada a ver, mas pensei nisso ao assistir a partida do Paraná, no fim da noite de terça-feira. Jogo muito ruim, diga-se, pelo fato de o Bragantino não se mostrar muito disposto a jogar e sim a truncar e a exagerar na virilidade. E também por não terem os paranistas encontrado uma saída para quebrar aquele aborrecimento das jogadas que duravam pouco mais de alguns metros entre as interrupções.

Mas a boa colocação na classificação da Segunda Divisão já permite – aí sim – vislumbrar melhores dias pela frente.

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