Juro que preferia o Petkovic jogador. Foi um dos mais técnicos que vi jogar. Talvez o melhor estrangeiro que tenha atuado por essas plagas.
Porque o Petkovic treinador está devendo muito. Ou devendo tudo. Por mais que se tenha boa vontade para relevar alguns erros ou indecisões de principiante, o time que ele dirige simplesmente não joga. Entra em campo e corre atrás da bola, sem qualquer planejamento ou definição tática. Foi assim, pelo menos, nas duas partidas que transmiti para a RPC TV (em Paranaguá, e essa de ontem, em Cianorte) e em nenhuma delas consegui encontrar qualquer pista de um técnico promissor.
Em Paranaguá, só soltou a escalação da equipe instantes antes de ser iniciada a partida, quando os jogadores já estavam em campo, aquecendo. Houve uma rápida conferência entre ele e alguns membros da comissão técnica e dali o assessor de imprensa saiu correndo com a lista dos que iriam jogar.
Na derrota de ontem para o Cianorte, o Atlético foi um amontoado em campo. Era praticamente o mesmo grupo do Atletiba, mas o clássico motiva qualquer um e os rubro-negros venceram pela aplicação e pela técnica, superiores às do adversário.
O Cianorte começou o jogo fechado, sem dar espaços. E o Atlético não teve capacidade para superar o bloqueio, limitando-se a trocar passes na defesa. Nem mesmo quando os anfitriões foram forçados a trocar três peças por lesões, ainda no primeiro tempo, Petkovic foi capaz de sugerir qualquer alteração tática. Ou pelo menos a criação de uma tática.
O mais evidente se constatou no momento da entrada do atacante Bruno Furlan. Este ficou uns cinco minutos à beira do gramado, à espera da definição de quem iria sair. E o técnico olhando para trás, para o banco, para que seu auxiliar e compatriota lhe desse a dica. Ele era, positivamente, muito mais decisivo quando batia uma falta mortal e garantia o resultado.
Alex é mais
E o Coritiba finalmente estreou no campeonato. Ainda sentindo a falta de ritmo e encontrando todas as dificuldades de enfrentar um dos mais regulares times da competição, sofreu no primeiro tempo contra o Rio Branco, que, a rigor, até mereceria ter saído na frente do placar.
Mas aí fez a diferença o futebol do craque. Alex assumiu a responsabilidade da partida, marcou o ritmo de jogo e distribuiu as bolas necessárias para permitir ao Coxa soltar suas principais peças em campo. E a vitória chegou pelos pés de Geraldo, mais uma vez talismã guardado no banco de reservas. Foram dois gols importantes para recolocar as coisas em ordem e permitir o início da recuperação dos pontos perdidos com a equipe alternativa. E Alex carimbou com classe sua partida 999, aprontando a festa do milésimo jogo com o futebol em alta.
Em alta
Apenas para registro, pois escrevo da estrada, voltando de Cianorte, evidentemente sem ver o jogo. Bela vitória do Paraná Clube, que parece ter encontrado o caminho.
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