Vamos admitir. Nem mesmo o mais otimista dentre os torcedores do Paraná Clube poderia imaginar. Quatro rodadas, quatro vitórias, aproveitamento total e liderança absoluta e isolada do campeonato paranaense é muito mais do que qualquer previsão.
E é a realidade que vivemos hoje, com a vitória paranista sobre o Rio Branco, sofrida e curtida, mas com o valor dos três pontos que tão bem fazem a uma equipe de futebol.
Esse gás extra de início de campeonato permite dias tranquilos para a estabilização de um time que tanto sofre nas temporadas recentes e que está reabilitando o orgulho de quem foi bem maior do que vinha mostrando.
Pouco vi do Atlético no sábado, pois estava justamente saindo para o vôo ao Oeste do Estado, onde transmitiria a partida de ontem para o Premiere FC. Mas acompanhei alguma coisa e depois conversei com companheiros que trabalharam na partida. Do jogo equilibrado e difícil, o resultado foi considerado até bom, pelo menos por duas agudas chances não aproveitadas pelo Malucelli.
Aqui em Toledo, um jogaço. O Toledo saiu pressionando o Coritiba e se não fosse por Wilson poderia ter feito dois gols antes dos cinco minutos. Mas logo fez um, em bela bicicleta de Rafael Bastos, e conseguiu segurar a vantagem, especialmente pela atuação impecável do goleiro Fabrício. Ainda fez mais um, enquanto o Coxa não se acertava em campo.
Quando o técnico Gilson Kleina corrigiu algumas posições, fazendo mudanças, o time encorpou em chegou ao empate. E o goleiro do Toledo ainda pegando um monte. Quando o time da casa encontrou um contra-ataque, veio a chance mortal no pênalti cometido por Juninho. Terceiro gol, primeira vitória toledana no campeonato e primeira derrota do Coritiba no campeonato.
Foi justo o resultado pelo fato de o Toledo ter feito três gols, enquanto o Coritiba, que teve maior volume de jogo, criou mais e circulou inúmeras vezes pela grande área contrária. Mas esbarrou em um goleiro em tarde especial e, como o goleiro faz parte do time e está lá pra isso, a vitória surgiu.
A rodada serviu para quebrar aquela falsa premissa dos primeiros jogos, que passaram a impressão de haver uma grande distância entre os três grandes da capital, mais o Londrina, dos demais participantes do campeonato. Exceto pelo líder Paraná, os demais já se atrapalharam.
A grande decepção é justamente o campeão paranaense, último colocado e ainda sem vitória. Ontem voltou a se enroscar, empatando em casa e derrubando seu treinador, Antonio Picoli, que não soube preservar a estabilidade de uma equipe vencedora que manteve boa base para a atual disputa do Estadual.
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