Aí vem alguém lá do Rio Grande do Sul e pergunta: "Mas como está o Coritiba?"
"Detonando" pensei em responder. Mas poderia parecer muito pedante de minha parte e fui polido. Disse que o time vive uma ótima fase, que acumula recordes de vitória e invencibilidade a cada nova partida, mas que ainda tem pontos a consertar, assuntos a resolver e precisa de mais um gás para projetar uma boa campanha no Campeonato Brasileiro.
Em troca, pergunto sobre o Caxias, o adversário coxa-branca desta noite, pela Copa do Brasil. "Bah, muito mal no Estadual, mas até que vai bem na Copa do Brasil" respondeu de pronto meu interlocutor".
Disso eu já sabia, pois tive o prazer de encontrar, ao mesmo tempo, dois gaúchos ilustres: Otacílio Gonçalves e Cláudio Duarte, em jantar com amigos, na segunda-feira. Eles me contaram que o time grená vem para cá sem técnico titular e que tenta direcionar todas suas energias para a competição nacional. E que o grande perigo deles é o atacante Lima.
"Como assim? Aquele nosso Lima?" Sim, ele mesmo, aquele atacante espigado, Aparecido Francisco de Lima, que surgiu como ótima promessa no Coritiba, rodou um bocado, chegou a ter sucesso no Atlético, rodou mais um bocado e teve uma participação ridícula naquele time do Paraná do ano passado. "Está forte como um touro" contou-me Duarte, não é mais aquele magrelo desengonçado de tempos atrás. Mas em tão pouco tempo assim? Afinal de contas, dia desses ainda estava tentando mostrar serviço na Vila Capanema.
Seja como for, o Coritiba é favorito nesse confronto. Mesmo que a marcação da primeira partida em casa não tenha sido bem recebida no Alto da Glória. Para os coxas com quem conversei, melhor seria poder decidir em casa, fazer o resultado fora e depois administrar as coisas.
De minha parte sempre gosto de jogar primeiro em casa. Com o potencial ofensivo dessa equipe, é de se armar para construir um bom resultado hoje e depois, sim, partir para cozinhar a vantagem lá no Sul, forçando o Caxias a sair para tentar se aproveitar das brechas oferecidas. E lá eles são perigosos.
A volta anunciada de alguns titulares (especialmente se Marcos Aurélio for confirmado) deverá reequilibrar a equipe, que domingo não esteve lá essas coisas. E aí é só fazer a bola rolar.
Empate em Pituaçu
Não foi de todo ruim o resultado de ontem na Bahia. Mas pelo volume de jogo, pelo domínio de bola, bem que o Atlético merecia melhor resultado do que o empate. O técnico Adilson Batista já conseguiu consertar as funções defensivas da equipe e a reposição de bola, eliminando o chutão, a tal ligação direta, por priorizar a bola curta, de pé em pé, na saída da grande área.
Mas do meio para frente ainda enfrenta dificuldades. Tanto que o Atlético não soube garantir em números o resultado do melhor desempenho em campo. Mas, ainda assim, não dá para desconsiderar o placar de Pituaçu. O empate sem gols ou qualquer vitória habilitam os rubro-negros a seguirem na Copa do Brasil. E Adilson Batista, à sua maneira, parece estar dando jeito no time.
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