Agora a aposta é nas partidas fora de casa. E assim, aos poucos, o Coritiba vai queimando seus cartuchos de esperança, enquanto avançam as rodadas do Campeonato Brasileiro.
A boa reação de algumas rodadas atrás realimentou um otimismo que já parecia perdido. Agora vai – foi o que se ouviu. Afinal de contas, uma invencibilidade de tantas partidas daria para ser considerada (embora a maioria fosse de empates). Ainda mais quando havia a previsão de dois encontros decisivos dentro de casa, no Alto da Glória, onde, em tempos passados, o retrospecto de aproveitamento era muito bom.
Em tempos passados, bem lembrado, pois dos últimos três jogos que fez em seu reduto, ganhou apenas dois pontos, nos empates com Sport e Fluminense. Perdeu dois em cada, portanto. Mais os três da derrota para o Internacional. Uma vitória que fosse, em qualquer um desses confrontos, já daria um pouco mais de oxigênio para sair do atoleiro.
Em casa a coisa não está funcionando – foi o coro dentre os coritibanos. Jogadores e comissão técnica. Mas, em compensação, fora estamos bem – completaram, lembrando das vitórias sobre Avaí e Vasco e do empate contra o Grêmio. Justamente o inverso, conquistado sete pontos dos nove disputados.
Então hoje, contra o Flamengo, em Brasília, é de se esperar o melhor. Pelo menos no que depender do pensamento daqueles envolvidos diretamente na partida. Visto sob o aspecto coxa, com uma boa dose de razão. Isto porque o time se posiciona de acordo com o estilo de jogo proposto pelo adversário e consegue sair de forma coordenada e objetiva para o campo de ataque.
A questão é que hoje vai pegar o melhor time das últimas rodadas. O Flamengo é quem tem o melhor aproveitamento acumulando vitórias dentro e fora de casa. E que parece, finalmente, reabilitado e reconstruído, depois do estrago feito pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Não é uma equipe brilhante tecnicamente, mas tem tática e pegada, ingredientes que, somados, têm feito a diferença contra os oponentes mais recentes.
Por essas e outras, um pontinho que seja já é bom negócio para os alviverdes. Pode até refrescar na classificação, dependendo do resultado do clássico catarinense. Mas pelo menos é ponto somado, contra um rival em ótima fase.
Arbitragem
Não consigo ver nenhum complô armado, como tanta gente diz até poder provar (que prove, pois). Mas tenho visto cada barbaridade na arbitragem brasileira que me faz pensar seriamente na razão de tais acontecimentos: falta de preparo. Um árbitro mal preparado não tem convicção do que faz e, por segundos, hesita. Como o fez aquele de Coritiba x Internacional. Aquele lance do Rafael Moura no Kléber é de entrar para o compêndio da International Board de como um pênalti pode ser tão flagrante.