Deixei o Morumbi com a certeza de que poderia ter sido melhor. Mas São Paulo e Coritiba se acomodaram no placar e chegou um momento do jogo em que parecia ser mais conveniente tocar a bola do que arriscar qualquer jogada mais aguda.
Mesmo assim houve chances isoladas que não deixaram tão monótono assim o 0 x 0 de ontem. E o resultado final foi ruim para os dois contendores, que patinaram na classificação e estiveram longe de cumprir seus objetivos. A vitória daria ao São Paulo o ingresso de retorno à zona de classificação para a Copa Libertadores da América. Ao Coritiba, o direito de ainda continuar sonhando com a possibilidade de disputar o torneio continental, pois se aproximaria aos seis pontos de diferença para o Fluminense, o quinto colocado.
Por isso mesmo o técnico Marcelo Oliveira abriu o time e revigorou o ataque durante a partida. Sentiu a possibilidade de a vitória chegar nas brechas oferecidas de contra-ataques. Mas não obteve correspondência por parte de seus jogadores, que poucas chances criaram, a mais perigosa delas quase ao apito final, no arremate de Léo Gago (e teve um lance de Bill, marcado impedimento, que me pareceu ser jogada legal, mas que ainda assim teria sido desperdiçado com chute errado). Por outro lado, a ótima fase do goleiro Vanderlei era comprovada em defesas de arrojo e reflexo, cumprindo a parte que lhe cabia em campo.
Agora ficou difícil, ainda que a aritmética permita imaginar o mais perto possível do impossível. O futebol tem lá seus caprichos, é verdade. Mas teria que dar tudo certo demais para aproximar o Coxa do patamar superior da competição.
Suspiro
Ainda falta muito, quase tudo, mas a vitória apertada do Atlético sobre o Ceará pelo menos permitiu oferecer uma nova lufada de ar aos rubro-negros na reta final do campeonato brasileiro. Acompanhei a distância, mas pelo que vi o time entrou em campo disposto a fazer o resultado e conseguiu na impressionante cobrança de falta de Paulo Baier a bola atraiu o goleiro Fernando Henrique para o lado esquerdo e entrou no direito.
Ainda há chance de salvação e os três pontos de ontem podem servir de considerável incentivo. Mas o Atlético só escapa mesmo se jogar como jamais o fez nessa temporada. A começar pela partida de sábado que vem, em Santos, contra o Santos. É de se acreditar?
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