Passou um filme inteiro. Décadas depois, dia desses, lá estava eu entrando na redação da Gazeta do Povo, justamente onde tu­­do havia começado.

CARREGANDO :)

Lem­brei-me do anúncio da vaga de jornalista, do teste no Senac e da comemoração pelo anúncio do resultado: aprovado. Entra­mos juntos na empresa, Arnaldo Cruz (falecido em 2005, quando era diretor de redação aqui da casa, deixando um legado incomensurável) e eu, recebidos pelo Anto­ninho Nogueira, para imediata incorporação ao quadro de repórteres de geral (como se dizia na época), que contava ainda com Marcos Batista, Paulo Cardone, Ari Moro e Luiz Moreira.

Foram anos de permanente aprendizado e até hoje não sei como conseguíamos agilidade nos deslocamentos para as pautas, nos dividindo entre uma Kombi e um fusca dos Cor­­deiro, responsáveis pelo transporte simultâneo dos repórteres para todos os cantos da cidade. Mas dava certo.

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Durante todo aquele período nunca fiz parte da editoria de esportes do jornal, fiquei somente na geral – embora já fosse também repórter esportivo da B-2, a poderosa emissora de rádio da época.

A equipe do esporte era na verdade uma dupla, formada por Clemente Coman­dulli e Aloar Ribeiro. Eles discutiam o tempo todo, se bicavam como poucos, mas davam conta do trabalho com competência e presteza.

Comichão da estreia

E não é que agora, depois de circular em outras redações du­­rante esse tempo todo, sinto aquela mesma comichão da primeira vez, o friozinho na barriga que qualquer estreia proporciona?

É um novo encontro através deste espaço aqui, que vou ocupar sempre às segundas e quintas-feiras. Contato direto com alguns conhecidos de outras plagas e com outros tantos novos, na expectativa de podermos manter uma convivência intensa e saudável.

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E já encarando, de pronto, um Campeonato Estadual que se alinha para começar no próximo fim de semana. Sem invenções, elucubrações ou fórmulas mágicas. Simples como o futebol exige ser, para o torcedor poder entender os caminhos de seu clube ao título ou à classificação projetada, livre de recursos extras, de atalhos inusitados ou repescagens retorcidas.

Teremos muito o que conversar a partir de agora, na expectativa de um bom ano para o nosso esporte em todos os segmentos. Sendo assim, quinta-feira a gente se reencontra.