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A conversa do torcedor já é outra.

Bastou os clubes se movimentarem um pouco mais atrás de contratações que não fossem as burocráticas de sempre para os anseios começarem a se manifestar e o interesse pela possibilidade de uma boa competição também aflorasse.

Torcedor é torcedor, não adianta. Não age com a razão, é emoção pura. Ou o esporte não teria graça, pois seríamos todos condicionados à análise de itens que poderiam influenciar positiva ou negativamente a atuação de uma equipe ou outra.

Por mais difícil que esteja a situação financeira do clube, o que importa é a conquista. Melhor ainda se for com vitória sobre o maior rival, pois o foco dos torcedores mudou de uns tempos para cá. Nos dias de hoje, infelizmente, muitos torcem mais pelo fracasso dos adversários do que pelo sucesso de seu próprio time. E boa parte deles não se importa de ver sua equipe perder, desde que o outro seja o maior prejudicado. É uma minoria, ainda bem, mas existe e é bem ativa.

Mas como a grande maioria quer saber mesmo é de bola na rede, o reflexo do que investem Atlético e Coritiba está no crescente interesse pelo campeonato estadual que se aproxima. Primeira Liga nem tanto, pois nem mesmo se sabe em que condições esse torneio de afogadilho será realizado. Mas a competição paranaense mexe com a possibilidade de comemoração de título e é justamente isso que o torcedor deseja: vestir uma faixa e sair se exibindo por aí.

O Paraná Clube, dentro das dificuldades que os apertos financeiros dos últimos anos impõem, também tenta dar mais técnica e pegada ao seu time, embora ali o alvo declarado seja a boa campanha na Segunda Divisão nacional, para retornar ao grupo principal – o que significaria maior receita e melhores condições de administração. Para os tricolores esta primeira disputa seria um laboratório de ajustes, dentro das possibilidades de caixa que a nova diretoria herdou e tenta gerenciar.

Londrina e Operário se mantêm fortes e pode ser que haja ainda mais forças emergentes no interior, o que só intensifica a disputa e o equilíbrio a cada rodada.

Mercado cruel

O pesadelo dos clubes brasileiros vai se estender por mais alguns dias, até fevereiro, quando os chineses não poderão mais contratar. Até lá continuará esse “deus nos acuda” a impedir qualquer chance de planejamento aos clubes brasileiros.

Por força do mercado, da perda de valor de nossa moeda, mas também por conta da falta de melhor gestão de nossas agremiações. Há jogadores bem pagos por aqui. Ou melhor, que deveriam ser bem pagos, mas não recebem em dia e acumulam atrasos de até seis meses em salários e outros proventos. Se pelo menos recebessem dia poderiam pensar diferente. Pelo menos os mais jovens, que ainda têm muito pela frente para explorar o mercado internacional.

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