Contas, contas e mais contas. A cabeça dos torcedores do Coritiba mais parece uma máquina de calcular, tentando encontrar a combinação de resultados que indique o melhor caminho para escapar de mais um sofrido rebaixamento.

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Claro que a melhor opção é vencer os dois jogos restantes, sem se importar com o que os demais concorrentes direto possam realizar. Palmeiras em São Paulo, domingo que vem, e o Vasco da Gama, em casa, na última rodada. Fosse um mês atrás, arriscaria dizer ser hipótese improvável. Aquele time frouxo, indolente, não passava qualquer segurança em campo e tampouco parecia se importar com o resultado negativo – e foram tantos em tão pouco tempo.

Mas o Coritiba dos últimos tempos já oferece uma perspectiva diferente, um pouco mais otimista. Desde que Pachequinho assumiu, o time se transformou e passou a encarar cada partida com uma dose de motivação que parecia não mais existir pelos lados do Alto da Glória. E é justamente essa motivação que permite imaginar sucesso nas rodadas derradeiras, até mesmo por causa das circunstâncias de cada jogo.

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O primeiro deles, por exemplo, terá um adversário voltado todo para a decisão da Copa do Brasil. O Palmeiras não tem mais chances de chegar à zona de classificação para a Libertadores via Campeonato Brasileiro. Mas está bem próximo da vaga pela linha direta do torneio mata-mata, que teve a decisão contra o Santos iniciada ontem, na Vila Belmiro. E a ordem será poupar energias de todo o grupo principal para o confronto final da próxima quarta-feira, em São Paulo.

Significa escalar um time reserva para o compromisso contra os coritibanos, a exemplo do que fez o Santos, domingo passado – pelas mesmas razões. A diferença é a qualidade técnica entre os dois. Os santistas dispõem de um bom grupo, com reservas de nível técnico superior ao que os palmeirenses podem oferecer – e a dureza da vitória coxa pôde comprovar isso, enquanto os alviverdes, em casa, sofreram para empatar com o Cruzeiro.

Vitória é a melhor escolha, mas um ponto que venha de lá já pode encaminhar a alforria, levando-se em conta, principalmente, as dificuldades que Avaí e Figueirense ainda devem enfrentar.

Mas, tudo isso escrito acima só vale se Pachequinho conseguir fazer seus comandados manterem o foco. A situação do Coritiba de hoje já é bem melhor que a de semanas atrás. Depende apenas de suas próprias forças, mas desde que saiba encarar as dificuldades que ainda terá nesse fecho de calendário.

Já foi muito difícil, quase impossível sair desse atoleiro. Mas ainda há o risco e é com esse cuidado que tudo deve ser tratado.

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