O domingo de quase folga permitiu mais tempo para pensar na realidade da largada de nossos clubes no Campeonato Brasileiro. Incluindo o Londrina, na terceira divisão, defendendo o serviço em casa, contra o Juventude, depois de duas vitórias seguidas e ótima largada. Com o estádio vazio, infelizmente. Coisas dessa balbúrdia que de vez em quando encarna nas partidas do futebol brasileiro. Perdeu os primeiros pontos, mas segue firme e é líder do grupo.

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Dos três de Curitiba, começando pelo Paraná Clube, na sexta-feira, desanimando logo de cara quem pretendia assistir o jogo na Fonte Nova. Gol do Bahia e dali em diante até uma partida equilibrada, mas com maior definição no momento de finalização dos paranistas. O time está se assentando, argumentam alguns e até concordo. Mas está na hora, pelo menos, de surgirem as primeiras demonstrações de recursos individuais, o fator que pode pesar enquanto o conjunto não chegar. E o Paraná não mostrou, perdeu de novo, mantendo o pijama de fracas exibições fora de casa na Segundona.

Tanto quanto vinha se expondo o Coritiba, perdendo fora e ganhando em casa. Até que uma trapalhada, em segundos iniciais, definiu a derrota para os catarinenses do Avaí, dessa vez no Alto da Glória. E não houve forças para provocar possível reação, pois algumas de suas peças principais não funcionaram a contento e o técnico, de seu lado, parecia não estar em seus momentos mais inspirados para trocar jogadores (ou não tinha, mesmo, mais o que fazer). A arbitragem também atrapalhou, deixando de marcar um pênalti pro Coxa e validando o segundo gol do Avaí depois de o atacante ter carregado a bola com o braço. Explica, mas não justifica.

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Salvou-se o Atlético, que fez boa partida em Joinville e tirou mais três pontos fora de casa. Não que tenha feito uma exibição primorosa, mas já apresentou algum progresso na proposta tática do técnico Milton Mendes. Especialmente pela entrada de Giovanni, agradável surpresa no meio de campo (por conta da impossibilidade de escalar Felipe). Com ele o time ganhou mais dinamismo, a bola chegou com mais facilidade ao ataque e – apesar da forte oposição, boa parte dela gratuita – se manteve por lá graças ao desempenho de Cléo, que segura os zagueiros e faz a parte dele, inclusive com assistência para marcação de gol.

Aos poucos o Atlético vai se arranjando. A defesa se estabilizou com a chegada de Kadu e a marcação no meio de campo é consistente, tanto com Deivid (que não jogou) quando com Otávio, que fez sua melhor exibição como titular. A criação de meio ainda é uma incógnita, mas Giovanni ofereceu alguns bons sinais. Quando Walter voltar e se enquadrar, pode ser que as coisas lá na frente também se resolvam.

Pelo menos por enquanto os rubro-negros saboreiam o doce prazer da liderança, sabendo não haver incentivo maior para um time que ainda tenta se ajustar.