O Paraná Clube joga com seu time reserva e ganha. E vai disparando na liderança do Paranaense. De seu lado, o Atlético também põe os reservas em campo. E empata mais uma em casa, sem conseguir deslanchar na classificação.
São dois momentos distintos com base em situações semelhantes e que explicam tamanha diferença de comportamento entre as duas equipes. Os paranistas tiveram muito critério na montagem do grupo de profissionais para a temporada, principalmente com a autonomia garantida ao departamento de futebol. E o resultado está sendo sentido agora, com o crescimento do nível técnico de todos os jogadores, que ganham ritmo de jogo, encorpam em campo e permitem ao técnico poupar seus titulares para jogos decisivos, como os da Copa do Brasil.
No Atlético o que se sente é que esse time não deu liga. Ao contrário dos titulares, que – descontando os vacilos nos momentos finais -, os suplentes não conseguiram ainda se organizar, pela falta de um esquema de jogo melhor adequado às características de cada um ou a uma liderança em campo, alguém que se responsabilize pela construção das jogadas, que surgem apenas esporadicamente, em lances fortuitos.
Verdade que os atleticanos têm variado mais as escalações, chegando ao caso de escalarem uma terceira equipe alternativa na semana passada, para poderem contar com grupo maior de atletas para a partida da Copa Libertadores. E aí talvez se explique tamanha instabilidade, pois a média de idade cai consideravelmente nessas situações.
Resumindo: os reservas do Paraná Clube, entrosados e motivados, estão assumindo o protagonismo da equipe principal e oferecendo alternativas de banco para o treinador poder, inclusive, reforçar o quadro titular. Os do Atlético ainda não encontraram o norte e estão alguns furos abaixo daqueles que fazem a base que disputa o torneio continental.
Inexplicável
Culpa o técnico Pachequinho a retranca do adversário. Não fosse isso o Coritiba poderia ter cravado mais uma vitória no campeonato.
Sim, mas o adversário está lá mesmo para isso, justamente para tentar evitar a derrota. Cabe ao interessado na vitória encontrar meios de superar os ferrolhos e das dificuldades impostas. Por mais que aquele estilo de jogo não combine com o histórico – e com a qualidade técnica – do Malucelli, que, dependendo do que determinar a justiça pode estar brigando pela ponta de cima da classificação.
Jogo ruim. De um lado um time que não queria jogar. De outro, um time que não sabia jogar. E, por conta disso, o 0 a 0 se arrastou.