Já de pronto virá alguém dizer: mas a Turquia é a última colocada de seu grupo na Eliminatória da Eurocopa. Tem razão. É a rabeira de um grupo que tem a surpreendente Islândia como líder, ao lado da Holanda. E os turcos só têm um ponto ganho em três partidas disputadas. Positivamente já não são os mesmos de outros tempos, como os da Copa de 2002 – quando sofremos duas vezes com eles na campanha do quinto título mundial.

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Mas esses argumentos não tiram o mérito da boa vitória de ontem da seleção brasileira. Isso porque já se sente uma considerável evolução no desempenho da equipe nacional, em relação ao time travado que se despediu com vexame da Copa do Mundo que organizou. O time está mais leve, fazendo a bola correr mais, facilitando a manutenção da posse de bola.

A goleada de 4 a 0 foi construída por uma equipe que soube ocupar os espaços no campo e foi aplaudida e comemorada pela torcida turca, antecipando um futuro promissor com a consolidação dessa base. A ponto de permitir ao torcedor brasileiro a apresentação a algumas figuras pouco conhecidas, que foram entrando na equipe a partir da consolidação do placar.

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Neymar brilhou como sempre – vive ótimo momento na carreira –, mas William e Fernandinho, que também estiveram no fracasso da Copa, também se saíram bem. O time todo, de uma forma geral, embora o avante Luiz Adriano estivesse um tanto tímido. Defesa consolidada (não levou gols com a nova direção técnica) e ataque entrosado. Bom teste.

Sufoco

Poderia ter sido bem mais simples, mas o Paraná Clube parece não conseguir existir sem complicar as coisas. Quando parecia ter o time estabilizado, começando até a se aproximar da turma de cima da tabela, perdeu o treinador e, com a saída dele, também o rumo.

Isso porque o sucessor, em vez de tentar aplicar aos poucos o seu estilo de jogo, decidiu mudar radicalmente a estrutura tática, desmontando o time e começando tudo de novo. Desperdiçou pontos por algumas boas rodadas, começou a rondar perigosamente a zona do rebaixamento e somente agora, com a vitória de anteontem sobre o Atlético-GO (com boa atuação, diga-se), começa a encontrar mais espaço para respirar, embora ainda não possa se considerar completamente livre dos riscos.

Imaginando a garantia de permanência na Segunda Divisão, como tudo indica ocorrer, o que não se sabe é o que poderá vir pela frente. Porque, por mais um ano, parece jogar tudo fora no fim da temporada para reiniciar o trabalho do quase nada após a virada do ano. Já esteve bem pior, claro, quando, humilhado, teve de frequentar a Segunda Divisão estadual. Mas aquela segurança de poder contar com uma base montada e a projeção de um trabalho a médio prazo ainda não será vivida desta vez.

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